O secretário estadual de Fazenda, Cadu Xavier (PT), afirmou que sua pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte está consolidada, mas admitiu a possibilidade de ser candi-dato a vice caso o atual vice-governador, Walter Alves (MDB), mude de ideia e decida dispu-tar a reeleição após assumir o cargo de governador em 2026.
“Se ele não quer ser candidato, o candidato do grupo serei eu. Se ele mudar de ideia, aí lá na frente a gente conversa”, disse Cadu, em entrevista à Clube FM nesta terça-feira 23.

Secretário estadual de Fazenda e nome escolhido pelo PT para suceder a governadora Fátima Bezerra, Cadu disse que a definição foi construída dentro do partido e da federação formada também por PCdoB e PV, com apoio da militância. Segundo ele, os seminários realizados pelo Estado confirmaram a aceitação do seu nome.
“Eu tenho muita honra de ter sido escolhido para essa missão, de defender o legado do go-verno da professora Fátima. A militância abraçou o meu nome, e temos também a consolida-ção com os partidos da federação”, declarou.
O pré-candidato frisou que as conversas com outros partidos estão em andamento e que o MDB é peça central na equação. Walter Alves, que assumirá o governo em abril de 2026 quando Fátima se afastar para ficar apta a disputar o Senado, afirmou em diversas ocasiões que não pretende concorrer ao cargo. “Desde o início desse processo, temos conversado de forma próxima ao vice-governador. Ele já colocou várias vezes publicamente e em conversas internas que não tem interesse em disputar a eleição”, disse Cadu.
Durante a entrevista, o secretário também elencou ações que, segundo ele, compõem o lega-do de Fátima. Citou a recuperação de mais de 1 mil quilômetros de rodovias e a mudança no cenário da segurança pública. “Natal era a capital mais violenta do Nordeste em 2018. Hoje é a capital mais segura do Nordeste”, afirmou.
Cadu também apontou avanços na educação com os institutos estaduais de educação profis-sionalizante (Ierns) e na saúde, mencionando a administração de 21 hospitais pelo Estado e a interiorização dos serviços. Acrescentou ainda obras estruturantes, como a conclusão da bar-ragem de Oiticica, o ramal do Apodi e a chegada das águas do São Francisco.
Questionado sobre críticas da oposição por participar de inaugurações e anúncios de obras mesmo sendo secretário da Fazenda, respondeu que sua presença é natural porque os recur-sos são liberados pela pasta. “Nada mais natural”, afirmou.