O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo 13 que “tudo ficará bem” nas relações com a China. A declaração foi publicada na Truth Social, rede social da qual o republicano é dono, após dias de escalada comercial entre os dois países.
“Ele não quer uma Depressão para o seu país, e eu também não. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la!!!”, escreveu Trump, em referência ao presidente chinês, Xi Jinping, que, segundo ele, “acaba de passar por um momento ruim”.

A mensagem foi publicada no mesmo dia em que Pequim respondeu às tarifas de 100% impostas por Trump na sexta-feira 10. “Os Estados Unidos da América imporão uma tarifa de 100% à China, além de qualquer tarifa que eles estejam pagando atualmente”, escreveu o presidente norte-americano na ocasião. “Também em 1º de novembro, imporemos controles de exportação sobre todo e qualquer software crítico.”
O anúncio ocorreu após a China aumentar os controles de exportação de terras raras, insumos fundamentais para a fabricação de produtos eletrônicos. Como consequência, Trump aparentemente cancelou uma reunião que teria com Xi Jinping no final do mês, na Coreia do Sul.
Em resposta, um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que “recorrer a ameaças de tarifas altas não é a maneira correta de se envolver com a China”. Segundo ele, “nossa posição sobre uma guerra tarifária permanece consistente – não queremos uma, mas não temos medo de uma”.
O representante chinês acrescentou que o país “tomará resolutamente as medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos” e pediu que Washington “corrija prontamente sua abordagem equivocada” e “preserve o progresso duramente conquistado nas negociações”.
A escalada comercial entre as duas maiores economias do mundo afetou os mercados, derrubando ações e gerando temores de repetição da guerra tarifária da primavera, quando os impostos sobre importações chinesas e americanas chegaram a 145% e 120%, respectivamente.