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Tarifas

Trump muda tom e diz que “tudo ficará bem” após tensão com a China

Após anunciar tarifa de 100% e cancelar reunião com Xi Jinping, presidente dos EUA afirmou que não quer prejudicar a China e que o país asiático “passou por um momento ruim”
Redação
12/10/2025 | 14:43

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo 13 que “tudo ficará bem” nas relações com a China. A declaração foi publicada na Truth Social, rede social da qual o republicano é dono, após dias de escalada comercial entre os dois países.

“Ele não quer uma Depressão para o seu país, e eu também não. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la!!!”, escreveu Trump, em referência ao presidente chinês, Xi Jinping, que, segundo ele, “acaba de passar por um momento ruim”.

Apesar de alegações de Trump, EUA investem milhões em pesquisas sobre autismo - Foto: Reprodução/Redes sociais
Trump afirmou que “tudo ficará bem” com a China após impor tarifa de 100% e receber resposta de Pequim - Foto: Reprodução

A mensagem foi publicada no mesmo dia em que Pequim respondeu às tarifas de 100% impostas por Trump na sexta-feira 10. “Os Estados Unidos da América imporão uma tarifa de 100% à China, além de qualquer tarifa que eles estejam pagando atualmente”, escreveu o presidente norte-americano na ocasião. “Também em 1º de novembro, imporemos controles de exportação sobre todo e qualquer software crítico.”

O anúncio ocorreu após a China aumentar os controles de exportação de terras raras, insumos fundamentais para a fabricação de produtos eletrônicos. Como consequência, Trump aparentemente cancelou uma reunião que teria com Xi Jinping no final do mês, na Coreia do Sul.

Em resposta, um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que “recorrer a ameaças de tarifas altas não é a maneira correta de se envolver com a China”. Segundo ele, “nossa posição sobre uma guerra tarifária permanece consistente – não queremos uma, mas não temos medo de uma”.

O representante chinês acrescentou que o país “tomará resolutamente as medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos” e pediu que Washington “corrija prontamente sua abordagem equivocada” e “preserve o progresso duramente conquistado nas negociações”.

A escalada comercial entre as duas maiores economias do mundo afetou os mercados, derrubando ações e gerando temores de repetição da guerra tarifária da primavera, quando os impostos sobre importações chinesas e americanas chegaram a 145% e 120%, respectivamente.