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Depoimento

Taylor Swift: Repórter do AGORA RN relata sufoco com calor no Rio e show adiado

Show que aconteceria no sábado 18 foi adiado para a segunda 20 no Rio; estudante de Jornalismo do RN estava no local e conta como tudo aconteceu
Luana Costa
22/11/2023 | 05:00

“É um verão cruel”. A frase que dá nome a uma das canções mais conhecidas da norte-americana Taylor Swift foi entoada por mais de 60 mil pessoas no Rio de Janeiro nos últimos dias. O motivo não é apenas a paixão dos fãs pela canção, mas porque, ao longo da turnê The Eras, o calor foi intenso na capital fluminense. No primeiro dia de show, sexta-feira 17, a sensação términa bateu 59,3ºC.

Mesmo com o calor, os swifties (como são chamados os fãs de Taylor) começaram a chegar no estádio Nilton Santos (Engenhão) horas antes da abertura dos portões. Mas o que foi presenciado pelo público antes e durante o show foi a falta de estrutura de organização e ações básicas de saúde por parte da Tickets 4 Fun, produtora responsável pela turnê no Brasil.

Repórter Isabelly Noemi no estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio de Janeiro - Foto: Arquivo pessoal
Repórter Isabelly Noemi no estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio de Janeiro - Foto: Arquivo pessoal

Os fãs foram proibidos de entrar no estádio com garrafas d’água. Dentro do Engenhão, a água era vendida por R$ 10. A utilização de pisos de metal para proteção do gramado gerou queimaduras de segundo grau devido às altas temperaturas. Além disso, entradas de ar foram fechadas com tapumes.

Com essa situação, mais de 1 mil pessoas desmaiaram no primeiro dia de shows e foram atendidas pela equipe médica. Entre elas, estava a estudante de psicologia Ana Clara Benevides, que morreu após se sentir mal durante o show.

Repórter do AGORA RN, a estudante de Jornalismo Isabelly Noemi relatou a angústia e tristeza, não só dela, mas de todos os outros fãs sobre o ocorrido.

“Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer. É de uma extrema irresponsabilidade da produção e organização do show ter permitido que a situação chegasse a esse ponto. Chega a ser desumana a forma como o primeiro dia foi feito, em condições completamente desrespeitosas”.

Isabelly se organizou durante meses para realizar a viagem. Passou por uma longa fila online para conseguir o ingresso, reservou um apartamento e aproveitou a promoção das passagens aéreas. O show que a repórter ia estava marcado para o dia 18 de novembro, no sábado, um dia depois da estreia da The Eras Tour no Brasil. Mas o show foi adiado depois da morte de Ana Clara no dia anterior. O show de sábado foi remarcado para segunda-feira 20. Além disso, outra apresentação aconteceu no domingo 19.

Isabelly conta que, ao chegar ao Rio, enfrentou muito calor. “No primeiro dia, no Pão de Açúcar, eu cheguei a passar mal devido ao calor”, disse. E no dia do show não foi diferente. A potiguar saiu do apartamento seis horas antes do início da apresentação, passou por uma grande fila para entrar no estádio e mais uma vez sofreu com a alta temperatura.

“Eu nunca tinha sentido tanto calor na minha vida. Desde o momento que saí de casa, às 13h30, eu não parava de suar. Peguei metrô e trem para chegar até o lugar, e o calor não parava. Mas não foi nada comparado a entrar no estádio. O sol estava queimando. Mesmo bebendo muita água, o calor não passava”, contou.

Desde que soube da morte de Ana Clara, Isabelly já esperava que o show do dia seguinte fosse adiado. Ela, no entanto, se sentiu frustrada pelo anúncio só ter acontecido com ela dentro do Engenhão.

“No primeiro momento, fiquei completamente sem acreditar. Mesmo que já esperasse por isso, eu não imaginava que seria já estando ali, com o estádio lotadíssimo. E também fiquei muito frustrada, estava esperando isso há muito tempo e sentia que o pior, em relação ao calor, já tinha passado. Por sorte, o meu voo estava marcado para depois da data remarcada. Então, apesar de tudo, me senti aliviada”.

Em relação à organização do evento, a fã se sentiu desrespeitada pela produtora. “Uma verdadeira falta de respeito. Uma empresa que visa apenas o lucro e não chega sequer a se importar com condições básicas de oferecer um show. Para muitos, é um sonho estar ali e eles tornaram um verdadeiro pesadelo. Sinceramente, espero que providências eficazes sejam tomadas e os devidos processos sejam cabidos a eles”, afirmou.

Permissão de entrada de garrafas de água

Após as queixas dos fãs no primeiro dia, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou uma medida imediata para a entrada de garrafas de água em espetáculos e a disponibilização gratuita da bebida em casos de alta exposição ao calor.

“A partir de hoje, por determinação da Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça, será permitida a entrada de garrafas de ÁGUA de uso pessoal, em material adequado, em espetáculos”, escreveu em suas redes sociais.

Ao entrar no estádio pela segunda vez, nesta segunda-feira 20, Isabelly afirmou que as medidas protocoladas pelo ministro estavam sendo seguidas. Além disso, ela também confirmou que os tapumes colocados ao redor do estádio que impediam a circulação de ar foram retirados.

Sobre o calor, ela afirmou que o clima estava mais ameno, o que apenas comprovou a decisão do adiamento no sábado. Para ela, esse foi um dos motivos por ter tornado a experiência do show muito mais agradável.

“Foi a melhor noite da minha vida. Eu estava meio aflita pelo que já tinha acontecido, então acho que que estava com medo de algo, não sei ao certo do quê, acredito que fosse a ansiedade falando mais alto. Mas eu tive mais do que minhas expectativas alcançadas, foi mais do que eu podia imaginar. Eu gritei, me emocionei, ri e aproveitei muito cada momento. A The Eras é um verdadeiro espetáculo. Foi o melhor show que eu já fui na vida”.

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