O Sport jogará de portões fechados e sem sua torcida como visitante em competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O presidente do STJD, José Perdiz, deferiu pedido da Procuradoria, na tarde desta sexta-feira 23, atendendo medida cautelar solicitada pelo órgão em função do episódio violento contra o ônibus do Fortaleza.
A medida, portanto, não vale para o Clássico dos Clássicos deste sábado, contra o Náutico, nos Aflitos, pelo Campeonato Pernambucano. A torcida rubronegra esgotou a carga de 2.800 ingressos de visitantes.

A sinalização positiva de Perdiz – válida até julgamento do caso, ainda sem data prevista – ocorre horas depois da Procuradoria solicitar que medidas cabíveis fossem tomadas para coibir novos atos de selvageria como os vistos na saída da Arena de Pernambuco, na madrugada de quinta-feira.
Assim que deixaram o estádio da Copa após o empate com o Sport pela Copa do Nordeste, membros da delegação, diretoria e staff do Fortaleza foram vítimas de bombas e pedras atiradas por torcedores do time pernambucano que estavam “vestidos de amarelo”, disse o CEO do Leão do Pici, Marcelo Paz.
Seis atletas tricolores ficaram feridos, precisando de encaminhamento para hospital no Recife.
OUTRO LADO. O presidente do Sport, Yuri Romão, atribuiu a punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao clube pernambucano à origem regional. Nas palavras do dirigente, “estão punindo um clube de Pernambuco, do Nordeste, apenas por conta do seu CEP.”
“Tudo aquilo que estava ao nosso alcance foi feito. Por isso que, mais uma vez, reitero que essa decisão não é razoável, deixar um ar de arbitrariedade, ou, pior, estão punindo um clube de Pernambuco, do Nordeste, apenas por conta do seu CEP. Porque que eu digo isso?”
Yuri Romão citou vários casos recentes de violência em estádios de futebol e que não tiveram punição. Ele falou sobre situações vividas por Bahia, Grêmio e Flamengo.
“Em casos recentes, dois, três anos, o caso do Internacional, onde o atleta Nico Hernandez foi atingido por pedras. O caso do Grêmio que, ao chegar no Beira Rio, teve o seu ônibus apedrejado. Tivemos o caso semelhante do Bahia, em que o goleiro Danilo Fernandes foi atingido por uma bomba”, afirmou.
“O episódio não se deu na chegada. Foi na saída distante do estádio em uma rodovia federal. Tem alguma coisa errada nisso. Nós não podemos baixar a cabeça diante de uma decisão que, mais uma vez, repito, não é razoável e acho, inclusive, que é arbitrária”, afirmou.