A Polícia Federal cumpre neste sábado 27 dez mandados de prisão domiciliar contra condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. As ordens foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes um dia após a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, detido no Paraguai ao tentar fugir do país com documentos falsos.
As prisões domiciliares atingem condenados que já cumpriam medidas cautelares impostas pelo STF. Entre os alvos estão Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército, Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército, Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército, Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército, Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército, e Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, conforme apuração da TV Globo e da CNN Brasil.

De acordo com a decisão, os alvos deverão permanecer em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, terão de cumprir restrições como proibição do uso de redes sociais, proibição de contato com outros investigados, entrega de passaportes e impedimento de recebimento de visitas.
O ministro Alexandre de Moraes também determinou a suspensão dos documentos de porte de arma de fogo dos condenados incluídos na medida.
Segundo a Polícia Federal, os mandados estão sendo cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal. Parte das ações conta com apoio do Exército Brasileiro.
A intensificação das medidas ocorre após a tentativa de fuga de Silvinei Vasques, preso no Paraguai enquanto tentava seguir para El Salvador, o que levou o STF a rever o regime de cumprimento das cautelares impostas a outros condenados no mesmo processo.