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Saúde

RN tem alta de 360% de casos de Covid em novembro: “Aumento sazonal será recorrente”

Dados são da Sesap; pesquisador explica que aumento sazonal ocorrerá por tempo indeterminado
Isabelly Noemi
09/12/2023 | 05:10

O Rio Grande do Norte registrou um aumento significativo nos casos confirmados de Covid-19 no mês de novembro. Conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), foram registrados 105 casos em outubro, e esse número subiu para 484 em novembro, representando um incremento de aproximadamente 360% em um mês.

De 5 a 11 de novembro, foram registrados 71 casos. Na semana subsequente, de 12 a 18 de novembro, o número de casos confirmados da doença aumentou para 172, representando um aumento de 142,25% em uma semana. A Sesap confirmou ao AGORA RN que, durante o ano de 2023 até o momento, o estado do Rio Grande do Norte teve um total de 8.310 casos confirmados.

Testagem para Covid 19 (68)
Sesap confirmou ao AGORA RN que, durante o ano de 2023 até o momento, o estado do Rio Grande do Norte teve um total de 8.310 casos confirmados. Foto: José Aldenir / Agora RN

Já na capital potiguar, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) também comunicou incremento nos casos de Covid, confirmando 12 casos positivos no período de 26 de novembro a 2 de dezembro, conforme dados do Sistema Gerenciador de Ambientes Laboratoriais (GAL). Adicionalmente, o Município identificou um caso positivo relacionado a uma nova variante do vírus, a variante 229E, que geralmente está associada a sintomas leves, como os de um resfriado.

“Primeiro é importante pontuar que esse aumento sazonal dos casos de Covid vai ser recorrente no Brasil ainda por um período indeterminado. Não tem como a gente prever por quanto tempo nós vamos ter essa sazonalidade no aumento dos casos, porque a Covid hoje é uma doença endêmica no país e em vários lugares do mundo”, explicou Ricardo Valentim, professor e diretor do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (LAIS).

De acordo com Valentim, apesar dos casos estarem aumentando, há uma redução importante do número de internações por Covid na última semana. Ele ainda ressalta a importância da imunização nesse índice. “Isso está acontecendo em virtude da efetividade da imunização que tem ocorrido no Brasil todo com relação à Covid-19. Então a vacina é hoje a maior responsável por evitar o agravamento da doença na população. Isso é muito importante. Mas, mesmo sabendo disso, dessa informação que é muito positiva, não podemos relaxar do monitoramento, do acompanhamento do aumento dessas doenças”, disse ele.

O pesquisador ainda chama atenção para o cuidado com outras síndromes respiratórias, ressaltando que os cuidados e a vacinação também precisam ser seguidos. “Então nós temos também essa sazonalidade com relação às síndromes gripais agudas. A Covid está dentro desse conjunto de doenças e a gente precisa estar sempre monitorando. Por isso é que para além da vacina com relação à Covid, é importante também a população prestar atenção na vacina contra a gripe, principalmente a população idosa e aquelas que têm comorbidade”, afirmou.

Marise Reis, professora e médica infectologista, aponta o que pode ser feito para evitar o crescimento de casos. “Primeiro, quem estiver com sintoma gripal: é importante não ir ao trabalho, não ir para a escola, não ir para ambientes públicos, ambientes com muita gente, até ser testado. Os testes estão disponíveis na rede pública, em farmácias. Então, é muito importante que, se eu tenho sintoma gripal, que eu faça o teste para Covid. Se é positivo, devo ficar em casa. Se é qualquer outro vírus, é importante que você fique em casa durante três a cinco dias, que é o período de transmissão maior. E, se precisar sair de casa, vai de máscara”.

Vacinação

Após a identificação de duas novas sublinhagens de uma variante da Covid-19 no Brasil, nomeadas JN.1 e JN.3, o Ministério da Saúde enfatizou que a vacinação continua sendo a principal medida de proteção contra a doença. A recomendação da pasta inclui a aplicação de uma nova dose da vacina bivalente para pessoas com 60 anos ou mais, além de imunocomprometidos acima de 12 anos que tenham recebido a última dose do imunizante há mais de 6 meses.

É crucial que todos os brasileiros mantenham o esquema vacinal atualizado, seguindo as orientações específicas para cada faixa etária. O Ministério da Saúde destaca que todas as vacinas atualmente disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) demonstram eficácia contra as variantes em circulação no país, proporcionando prevenção contra sintomas graves e óbitos.

Além disso, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir, indicado para o tratamento da infecção pelo vírus, encontra-se acessível de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS). Destina-se a idosos com 65 anos ou mais, bem como a indivíduos imunossuprimidos com 18 anos ou mais, devendo ser administrado assim que os sintomas se manifestarem e houver confirmação positiva por meio de teste.

O Ministério da Saúde também anunciou em outubro, a inclusão da vacina pediátrica contra a Covid-19 no calendário nacional de vacinação a partir de 2024, juntamente com a imunização da população de alto risco para complicações da doença. Antecipando-se ao cronograma, a pasta já está em processo de aquisição de vacinas para o calendário do próximo ano. O novo contrato estabelece o fornecimento das versões mais recentes dos imunizantes, sujeitas à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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