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Turismo

RN foi o segundo estado menos visitado do Nordeste em 2024, aponta IBGE

Pesquisa mostra queda de 10% no número de viagens nacionais ao estado; gasto médio por viagem foi de R$ 2.384
Redação
02/10/2025 | 14:13

O Rio Grande do Norte foi o destino de 285 mil viagens de moradores de domicílios brasileiros em 2024, de acordo com o módulo sobre Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgado nesta quarta-feira 2 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número representa queda de 10,09% em relação a 2023, quando foram estimadas 317 mil viagens, o que colocou o estado como o segundo menos visitado do Nordeste, atrás apenas de Sergipe (258 mil).

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Rio Grande do Norte recebeu 285 mil viagens em 2024, queda de 10% em relação a 2023, segundo IBGE. - Foto: José Aldenir/Agora RN

Segundo o analista da Pnad Contínua, William Kratochwill, “o levantamento traz os primeiros resultados que indicam a evolução da demanda doméstica por turismo após a pandemia de Covid-19.

Em 2023, observamos a recuperação do setor após dois anos de números em baixa por causa dos efeitos da crise. Se em 2024 esperava-se um crescimento do turismo nacional, no entanto, os dados da pesquisa contrariaram as expectativas”.

O RN registrou a quarta maior retração no país, atrás de Rondônia (-17,17%), Goiás (-10,72%) e Rio Grande do Sul (-10,11%). No ranking nacional, o estado foi o 17º mais visitado em 2024, duas posições abaixo de 2023. No total, o Brasil registrou 19,8 milhões de viagens nacionais no período, uma variação de -0,47% em relação ao ano anterior.

Das viagens que tiveram o Rio Grande do Norte como destino principal, 89,47% (255 mil) foram motivadas por razões pessoais, incluindo lazer, tratamento de saúde ou consulta médica, além de visita ou evento de familiares e amigos.

Em relação aos gastos, os turistas desembolsaram em média R$ 2.384 por viagem ao RN em 2024. O estado ficou em quinto lugar no Nordeste nesse indicador, atrás de Alagoas (R$ 3.790), Ceará (R$ 3.006), Bahia (R$ 2.711) e Pernambuco (R$ 2.422). No ranking nacional, ocupou a sexta posição. No total, os visitantes gastaram R$ 379,8 milhões no estado, queda de 8,94% em comparação a 2023 (R$ 417,1 milhões).

A média de permanência foi de 7,3 pernoites, um a mais do que em 2023. O Piauí registrou a maior estadia média do Nordeste, com 14,8 pernoites.

Entre os potiguares, houve redução no número de viagens realizadas em 2024. Foram 244 mil, 11,27% a menos que no ano anterior (275 mil). A queda foi a quarta maior entre os oito estados que registraram retração. Em 85% dos domicílios do RN, nenhum morador viajou em 2024, percentual acima dos 83,6% registrados em 2023.

Entre os que não viajaram, 39,2% alegaram não ter dinheiro, 20,2% disseram não ter necessidade e 13,5% citaram falta de tempo, percentual 3,2 pontos percentuais maior que em 2023. Do total de viagens realizadas pelos potiguares, 85,41% foram motivadas por razões pessoais. Houve crescimento de 4 pontos percentuais nas viagens por motivo de saúde, que chegaram a 27,4% do total, e queda de 6,3 pontos percentuais nas viagens para visitar familiares e amigos, que representaram 25,7%.

O gasto médio dos potiguares em viagens nacionais com pernoite foi de R$ 1.200, contra R$ 1.162 em 2023. O carro particular ou de empresa permaneceu como o meio de transporte mais utilizado (48,2%), enquanto o uso do avião cresceu 0,3 ponto percentual, chegando a 12,1%.

A Pnad Contínua: Turismo é realizada pelo IBGE desde 2019 em convênio com o Ministério do Turismo, e coleta informações sobre viagens feitas por moradores de domicílios brasileiros, incluindo gastos, motivos, transporte e hospedagem.

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