O Rio Grande do Norte vai ultrapassar a barreira das duas mil mortes causadas pelo novo coronavírus até a próxima sexta-feira (8), segundo dados do grupo Covid19Analytics, composto por economistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os estudos têm margem de erro de aproximadamente 2%.
Além disso, segundo o levantamento, o Rio Grande do Norte terá 2.205 mortes até o dia 17 agosto. Com a margem de erro, o número poderá ser de 2.839. No mês, em números absolutos, o estudo aponta que o Estado terá registrado 326 novas mortes até a data da previsão.
O valor mínimo que era estimado para o dia 17, com um total de 1.894 mortes, é menor que o mais recente registro epidemiológico potiguar. Os dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) mostram 1.926 óbitos relacionados com a Covid-19. Esta diferença se explica em razão de as estimativas feitas pelos economistas analisarem os dados oficiais publicados até o início do mês.
Caso o estudo se confirme, o número de pessoas que morreram em decorrência da doença nos primeiros 17 dias de agosto será 35% menor que no mesmo período de julho, que contabilizou 505 mortes, segundo os dados do Ministério da Saúde. O mês julho foi o mês mais mortífero da pandemia, com uma total de 813 potiguares mortos.
Ainda de acordo com o estudo do grupo Covid19Analytics, o Rio Grande do Norte terá 61.788 casos confirmados de Covid-19 até o dia 17 de agosto. Com a margem de erro, o número pode variar entre 52.030 e 84.344 pessoas infectadas pelo patógeno.
A avaliação dos cenários de mortes e de pessoas infectadas pelo vírus é importante diante do aumento da taxa de transmissão (Rt) da doença em diversas cidades potiguares, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.
A pasta informou que 63 dos 167 municípios potiguares têm a taxa de transmissão acima de 2. Isso significa que uma pessoa contaminada pode transmitir o vírus para dois indivíduos saudáveis. O modelo matemático utiliza principalmente a incidência diária dos casos confirmados para uma dada doença, ou seja, o total de casos confirmados por dia. Hoje, o Rio Grande do Norte tem apenas 17 cidades com taxa de transmissibilidade abaixo 1. A média do Estado é de 0,98.
A coordenadora e articuladora de redes de atenção à saúde da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Samara Dantas, diz que a taxa é um dos principais indicadores para medir a evolução da doença. “É preciso que a população continue com as medidas de prevenção, distanciamento social e uso correto da máscara para conseguir manter o cenário controlado e evitar que esta taxa aumente e mais pessoas sejam contaminadas”, disse a coordenadora.
O Rio Grande do Norte 52.566 casos confirmados da Covid-19, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). O Estado também soma 1.926 óbitos. Além disso, há 63.245 casos suspeitos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
Ainda de acordo com a Sesap, o Estado tem 463 pessoas internadas em decorrência da doença, sendo que 219 estão em leitos críticos e 217 em leitos clínicos. A fila de regulação tem 3 pacientes para leitos críticos, 6 para leitos clínicos e 18 aguardando transporte sanitário. O isolamento social caiu para 37%.
A taxa geral de ocupação de leitos é de 60,7%. As maiores concentrações são registradas nas regiões Seridó (86%) e Oeste (83%) e caem nas regiões Metropolitana de Natal (54,6%) e Pau dos Ferros (22%). Nas regiões do Mato Grande e Agreste esse percentual é de 0%.
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (4) os dados sobre o novo coronavírus no Brasil. De acordo com o balanço, atualizado às 18h40, o país chegou a 95.819 óbitos por Covid-19 e 2.801.921 casos confirmados da doença. Ainda segundo o ministério, também foram registrados 51.603 casos novos da doença em um dia. Além disso, foram 1.154 novas mortes por Covid-19. A taxa de letalidade segue em 3,4%. O Estado de São Paulo registrou 337 mortes e 15.371 novos casos pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo informou o governo estadual nesta terça-feira, 4. No total, são 575.589 infectados e 23.702 óbitos.