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Protesto

Representantes de ocupação na Ribeira afirmam que prefeitura se nega a realocar famílias

Coordenador do MLB, Matheus Araújo, explica que 60 famílias da ocupação aguardam uma reunião com a Prefeitura de Natal, que decidiu não cumprir com o acordo firmado em audiência
Redação
22/12/2020 | 09:36

O Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) em Natal, diz que a Prefeitura se nega a reunir com a ocupação Emmanuel Bezerra para definir local de realocação famílias e por isso realizará protesto em direção ao prédio da prefeitura de Natal na manhã desta terça-feira 22. O grupo ocupa o local desde 30 de outubro.

O coordenador do MLB, Matheus Araújo, explica que 60 famílias da ocupação aguardam uma reunião com a Prefeitura de Natal, que  decidiu não cumprir com o acordo firmado em audiência.

Justiça federal determina a desocupação imediata do prédio abandonado na zona leste de natal
O grupo ocupa o local desde 30 de outubro. Foto: José Aldenir / Agora RN

“O prazo da suspensão da reintegração termina amanhã, então realizaremos ato amanhã em direção ao prédio da prefeitura e esperar um parecer da juíza à frente do processo”, conta Matheus.

Em novembro, a 4ª Vara Federal determinou que as famílias ligadas ao Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) desocupassem até o dia 20 o prédio da antiga Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A a juíza a frente do processo, Gisele Maria da Silva Araújo Leite, suspendeu a ordem de reintegração de posse do imóvel até esta terça-feira 22, prazo final para que o poder público em conciliação com a ocupação pudesse definir um local para as famílias.

Ao Agora RN, o coordenador do MLB RN, informou que ocupação não tem problema com a realocação, mas segundo ele, a prefeitura de Natal não cumpriu as promessas de reunião.

“Hoje recebemos a informação que a procuradora do município que agendou a reunião conosco entrou de férias, sem nos avisar e por isso não haveria reunião. Entramos em contato com o gabinete da prefeitura e o prefeito se negou a nos atender hoje, sendo que o prazo da justiça foi que a prefeitura definisse até amanhã para onde iriam essas famílias”, lembra Matheus.

Em nota, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) alegou que diante da situação do imóvel a universidade está preocupada com a segurança das pessoas por entender que o local oferece risco aos ocupantes, além de levar em consideração o caráter histórico do prédio.

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