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Projeto de Lei

“Quem não deve, não teme”, diz Girão sobre lei que acaba com saída temporária de presos

Deputados de direita celebram decisão favorável à proibição das ‘saidinhas’ temporárias para presos, destacando a importância da medida para o combate ao crime
Redação
22/03/2024 | 07:57

Aprovado por maioria dos votos no Senado Federal, o Projeto de Lei que veda as saídas temporárias de presos durante datas comemorativas, nesta quarta-feira 20, foi recebida com comemorações e expectativas por parte da bancada federal do Rio Grande do Norte. Além do apoio unânime dos três senadores Rogério Marinho (PL), Styvenson Valentim (Podemos) e Zenaide Maia (PSD) à proposta, os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, também expressaram seu apoio.

Ao AGORA RN, o deputado federal Sargento Gonçalves afirmou que a proposta, relatada pelo deputado federal e atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, Capitão Derrite (PL), foi uma vitória para o povo brasileiro contra a criminalidade. Ele ressaltou que a aprovação da proposta terá impacto não só no RN, mas também em todo o país, visto que, segundo ele, o corte de privilégios de criminosos irá beneficiar o trabalhador e prejudicar o crime.

Girão: “O ser humano pensa 2 vezes antes de cometer algo”. Foto: José Aldenir/AGORA RN; Gonçalves: “Esperamos que o presidente Lula sancione o PL”. Foto: Agência Câmara
Girão: “O ser humano pensa 2 vezes antes de cometer algo”. Foto: José Aldenir/AGORA RN; Gonçalves: “Esperamos que o presidente Lula sancione o PL”. Foto: Agência Câmara

“Nós sabemos que vários criminosos que são beneficiados com essas ‘saidinhas’ temporárias utilizavam desse benefício para reincidir na prática de delitos de crimes, tornando vítimas cidadãos, trabalhadores, homens de bem e pagadores de impostos. Então, é uma vitória para a segurança pública, a saída temporária, que é um dos cânceres da segurança pública em nosso país”, comentou.

Quem também comemorou a aprovação do projeto de lei foi o deputado federal General Girão, para quem a medida cabe como um recado a todos que apoiam o caminho do crime. Ele ressaltou, ao ser questionado pelo AGORA RN sobre o impacto da medida no cenário estadual, que espera que a decisão seja repercutida de forma geral.

“Quando se trata de endurecimento das medidas punitivas, temos que lembrar da nossa infância. O ser humano pensa duas vezes antes de cometer algo errado, se souber que a punição será necessária e rígida. A intenção da Lei deve ser essa. Esperamos que isso possa repercutir de forma geral. Quem não deve, não teme!”.

Em relação à influência da medida nos diferentes tipos de crimes, os deputados apontam que a legislação deve tratar de formas distintas os tipos e gravidades dos crimes, além de também levar em consideração o comportamento do preso. “A graduação das medidas a serem aplicadas deve considerar vários condicionantes. A gravidade do crime precisa ser o principal. O comportamento do apenado também deve ser parte do processo de avaliação sobre quais medidas de ressocialização ele deve cumprir”, disse Girão.

EXPECTATIVA PELA SANÇÃO PRESIDENCIAL

“Sobre a medida influenciar o tratamento de diferentes tipos de crimes, sem dúvida a legislação deve tratar de forma diferente os vários tipos de crimes. Crimes hediondos e crimes praticados com violência e grave ameaça devem ser, sem dúvida nenhuma, tratados com mão ainda mais pesada pelo Estado”, afirmou o Sargento Gonçalves.

Para o parlamentar, “a emenda que foi aprovada no Senado, alterando o texto que tinha sido aprovado inicialmente aqui na Câmara, foi benevolente com os criminosos que cumprem pena no sistema penitenciário, dando a possibilidade desses criminosos que não cometeram crimes hediondos e crimes que tenham sido praticados com violência ou ameaça, eles possam ser beneficiados com a saída para estudar, seja no estudo profissionalizante, ensino médio ou ensino superior”.

Além disso, Gonçalves comentou que só terá certeza dos impactos quando a medida entrar em vigor. O PL, no entanto, será passado ainda para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que irá decidir se veta ou não a proposta.

“Esperamos que o presidente Lula sancione o Projeto de Lei, que na hora de sancionar ou vetar o projeto, ele não pense apenas na sua bolha eleitoral, mas que pense com responsabilidade no contexto geral da sociedade brasileira. A crise de segurança pública que nós passamos e que será, sem dúvida, uma resposta a criminalidade e a insegurança que nós temos vivenciado em nosso país”, enfatizou.

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