A prefeitura de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, acumula R$ 855 milhões em dívidas deixadas pela gestão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP). O novo gestor municipal, Allyson Bezerra (Solidariedade), terá dificuldades para comandar o município no primeiro ano de mandato. O orçamento mossoroense para 2021 está previsto em R$ 600 milhões.
Segundo a prefeitura de Mossoró, que divulgou as informações em coletiva de imprensa nesta quinta-feira 28, cerca de 60% das dívidas deveriam ter sido pagas em 2020. Com isso, mesmo que o prefeito utilize todo o orçamento municipal deste ano para pagar as dívidas da cidade, ainda restará um passivo de quase R$ 160 milhões.

Do débito total, o município aponta que R$ 262 milhões são devidos para fornecedores e prestadores de serviço. Outros R$ 233 milhões são de dívidas com o Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Mossoró (PREVI-Mossoró). “É uma situação complexa e que nos deixa numa situação relativamente delicada”, o secretário de Planejamento Frank Felisardo.
A prefeitura informou ainda que há um passivo de R$ 16 milhões com salários atrasados. A gestão anterior não pagou o 13º de 2020 para parte dos servidores. Segundo o chefe de Gabinete, Kadson Eduardo, apesar de a Prefeitura de Mossoró estar em grave situação financeira, a expectativa é publicar até 22 de fevereiro o calendário de pagamento dos salários atrasados dos servidores, bem como o passivo com fornecedores e prestadores de serviço.
Composição da dívida da prefeitura de Mossoró:
- Fornecedores e prestadores de serviços: R$ 252.146.307,52
- Instituto de Previdência de Mossoró: R$ 233.168.328,03
- INSS: R$ 91.469.986,89
- Caern e Cosern: R$ 41.630.409,61
- Dívidas judiciais: R$ 20.121.212,45
- Salários: R$ 16.701.509,61
- Precatórios: R$ 10.965.659,00
- Abatedouro Frigorífico Industrial : R$ 12.000.517,98
- Pasep: R$ 7.552.513,68
- Bancos: R$ 169.031.829,63
- Total da dívida: R$ 855.012.292,97