O preço da cesta básica subiu 19,55% no ano de 2020 em Natal. É o que aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que foi divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta segunda-feira 11.
Assim, a cesta básica fechou dezembro de 2020 em Natal custando R$ 458,79. Em dezembro de 2019, um ano antes, ela custava R$ 383,76. Apesar da alta, Natal foi a terceira capital com o menor aumento entre as 17 federações analisadas pelo órgão. Abaixo, ficaram apenas Recife (19,20%) e Curitiba (17,76%).
O maior aumento foi em Salvador: 32,89%. Mesmo com o aumento e chegando a R$ 458,79 no valor total, Natal fechou o ano passado como a segunda capital com o menor preço da cesta básica. Entre as capitais analisadas, apenas Aracaju tem a cesta mais barata: R$ 453,16.
Entre os produtos da cesta básica, o que teve o maior aumento foi o óleo de cozinha de 900 ml em 2020. Ele custava R$ 4,16 no fim de 2019 e fechou o ano passado custando em média R$ 8,73, um aumento de 109,86%. O segundo maior aumento foi o do arroz (3,6 quilos), subindo 84,20% em um ano – saindo de R$ 11,20 para R$ 20,63. Dos 12 produtos da cesta básica, 11 tiveram alta.
Além do óleo de cozinha e do arroz, subiram também o açúcar (33,48%), o leite (28,31%), o feijão (27,98%), o pão (20,99%), a carne (18,84%), a farinha (17,92%), o tomate (9,68%), a manteiga (8,57%) e o café (3,39%). O único produto que caiu de preço foi a banana (-7,51%), saindo de R$ 29,03 para 26,85 (7,5 dúzias).
Em Natal, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que a jornada de trabalho necessária para comprar a cesta básica, baseado no salário mínimo, é de 96 horas e 35 minutos. O percentual do salário mínimo líquido para compra dos produtos da cesta é 47,46%.
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, os preços do conjunto de alimentos básicos necessários para as refeições de uma pessoa adulta aumentaram em todas as capitais brasileiras em 2020.