O ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do União Brasil, comemorou durante entrevista ao programa Bom dia CBN desta segunda-feira 28 a vitória do correligionário Paulinho Freire para a Prefeitura do Natal. No segundo turno, realizado no último domingo 27, Paulinho Freire foi eleito com 55,34% dos votos.
Durante a entrevista, o ex-senador afirmou o merecimento da vitória do partido em Natal e disse que o que contribuiu para Paulinho Freire ser eleito foi a rejeição dos eleitores a ideias pregadas, segundo ele, pelo Partido dos Trabalhadores (PT) – ao qual a então candidata Natália Bonavides faz parte.
“O povo rejeitou ideias que não gostava e votou em ideias que gostava. De que o povo não gosta? De ser enganado, por exemplo. E outra coisa: o povo não gosta de invasão de propriedade. O povo não gosta de temas libertinos, a liberdade sexual, a conivência com a droga. Essas teses todas que o PT convive com elas”, comentou.
Ainda sobre os candidatos, José Agripino falou que o vencedor da disputa eleitoral foi o que se manteve mais equilibrado e menos espetaculoso. Além disso, pontuou que um dos principais motivos para o sucesso da campanha foi o amplo arco de alianças que garantiu a Paulinho maior tempo na propaganda eleitoral no rádio e na TV. Além disso, Agripino falou sobre a honestidade do prefeito eleito.
“Tentaram de toda forma dizer que Paulinho não era ficha limpa. Paulinho é ficha limpa, nunca teve nada. Tem anos e anos e anos de vereador, de presidente da Câmara. E agora que foram inventar a condenação dele. Eu disse ‘Paulinho, explique esse negócio melhor’. Qualquer cidadão pode ser acusado. Agora, a defesa é o direito”, comentou.
Agripino registrou, porém, que Natália Bonavides (PT) se mostrou como novidade na política e uma boa candidata. E ponderou: “A população sabia que ela, muito bem votada em Natal e interior, a votação dela é do MST [Movimento sem Terras]. As pessoas sabem dos discursos que ela faz na Câmara de Deputados, contestadores, brava. Isso é um contraste com aquele sorriso bonito da campanha. Ela é o quê? É o sorriso ou ela é a defensora do MST e dos discursos que ela faz e dos projetos que ela apadrinha no Congresso? O povo ficou bem perplexo e, ao final, fez uma opção majoritária e votou no equilíbrio, em Paulinho Freire”.
Fátima não tem noção do que é Estado
Ao falar da gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), o ex-senador falou sobre a má avaliação da chefe do Executivo nas últimas pesquisas. De acordo com ele, apesar de considerar Fátima Bezerra uma pessoa honesta, ela não tem noção de como se deve realizar a administração estadual.
“Ela não tem noção do que é Estado, do que seria você comandar um Estado. Você ter a obrigação de promover o bem-estar, de estar antenado para a necessidade de geração de emprego, de você abrir perspectivas no campo da economia, cada vez novas, renovadas, para que a população fique satisfeita e haja renda, receita para que você atenda a educação, a saúde, principalmente, as creches. Ela não tem. Ela não tem noção do que seria gerir um Estado com perspectiva de futuro”, relatou.
José Agripino citou as áreas econômicas que podem impulsionar o Rio Grande do Norte a se desenvolver, como a produção de sal, camarão, energia eólica e petróleo, mas que, na visão dele, não avança pois “no comando não tem alguém com noção do que seja comandar o estado e jogá-lo para frente”.
União da oposição para as eleições de 2026
Com o pensamento nas eleições de 2026, no ramo estadual, José Agripino afirmou que seu papel como presidente do União Brasil no RN será unir cada vez mais partidos e políticos, em especial aqueles que formaram aliança nesta eleição municipal.
“Então meu papel vai ser o de juntar na mesa, sem nenhuma antecipação de preferência, juntar na mesa aqueles que foram os players desta eleição e dessa vitória, para que a gente possa escolher um candidato à altura do futuro do Rio Grande do Norte, que merece coisa boa”, finalizou.