17/09/2021 | 20:39
Policiais civis da 4ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Pau dos Ferros e da Delegacia Municipal (DM) de Portalegre deram cumprimento, nesta sexta-feira 17, a um mandado de prisão preventiva em desfavor de Alberan de Freitas Epifânio, 52 anos. O mandado foi expedido pela Vara Única da Comarca de Portalegre, decorrente da suspeita da prática do crime de tortura, cometido no dia 11 deste mês, contra Francisco Luciano Simplício.
Segundo a Polícia Civil, as diligências continuam, visando à prisão do possível coautor do crime, André Diogo Barbosa Andrade, 41 anos, que é considerado foragido pela Justiça do Rio Grande do Norte.
O crime
De acordo com as investigações, a vítima, Francisco Luciano Simplício, foi submetida à violência e grave ameaça, a intenso sofrimento físico e mental, como uma forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. O crime aconteceu no dia 11 deste mês, por volta das 13h, no município de Portalegre. As agressões aconteceram após desentendimento entre a vítima e o autor da violência.
O ofendido na discussão, Luciano Simplício, jogou uma pedra na porta do comércio de Alberan Epifânio, causando-lhe dano material, consistente em dois riscos na porta do estabelecimento. Após o ocorrido, o proprietário do comércio, depois de subir na moto de André Diogo, alcançou Luciano Simplício nas proximidades do local do dano. Juntos, os dois homens derrubam a vítima.
Segundo testemunhas, André Diogo conseguiu derrubar Luciano Simplício, passando a chutar as costas dele; momento no qual Alberan Epifânio se aproximou com uma corda e amarrou a vítima, com as mãos e pés para trás, imobilizando-a completamente.
Depois de dominar completamente Luciano Simplício, Alberan Epifânio passou a agredi-lo, causando grande clamor público. Ainda de acordo com testemunhas, as agressões físicas foram as mais diversas: chutes, pontapés, tendo como ápice da violência, o momento em que Alberan Epifânio, com a sobra da corda que amarrava a vítima, começou a chicoteá-la, o que fez por diversas vezes, deixando marcas do chicote nas costas da vítima. As agressões duraram, aproximadamente, 30 minutos.
Após sofrer as agressões, testemunhas sinalizaram que a vítima se encontrava muito debilitada, expelindo sangue, com marcas pelo corpo e apresentando dificuldades até mesmo para andar, tendo sido necessário duas pessoas para conduzi-la ao atendimento médico; segundo perícia, foram constadas lesões de natureza leve, mas, todas aptas a comprovar a violência empreendida e caracterizadora do crime de tortura.
A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181, que possam auxiliar na localização de André Diogo.