Nesta sexta-feira 1º, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal André Janones (Avante-MG) por suspeita de “rachadinha” em seu gabinete.
A vice-procuradora-geral da República, Ana Borges Coêlho Santos, solicitou a investigação para apurar possíveis práticas dos crimes de associação criminosa, peculato e concussão. Janones, que desempenhou papel ativo na campanha de Lula (PT) nas redes sociais em 2022, é acusado de receber repasses de assessores parlamentares indicados por ele, visando a recomposição de seu patrimônio, antes utilizado para custear despesas de campanha eleitoral.
“Aparentemente, durante reunião realizada na Câmara dos Deputados, o congressista tratou do repasse, pelos assessores parlamentares por ele indicados para ocupar cargos em comissão em seu gabinete, de valores correspondentes a parcela das remunerações pagas pela Casa Legislativa”, afirmou a vice-PGR.
A investigação busca esclarecer se Janones associou-se de forma estável e permanente a assessores para cometer crimes contra a administração pública, incluindo a prática da “rachadinha”. A PGR pede autorização ao STF para acessar documentos do gabinete, como pastas funcionais dos servidores, registros e credenciais de acesso à Câmara dos Deputados, controles de frequência e acessos aos emails institucionais.
A assessoria de Janones respondeu à solicitação da PGR afirmando que o deputado recebeu a notícia com “extrema alegria” e que está ansioso para esclarecer os fatos. Ainda segundo a assessoria, o deputado considera a notícia como a “primeira boa notícia desde que isso começou”. Janones foi acusado por ex-assessores de participar de um esquema de “rachadinha”, no qual parte dos salários da equipe era destinada a seu proveito próprio, envolvendo transferências com dinheiro vivo.
Com informações da Folha de SP.