O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou, nesta sexta-feira 18, a lista de investigados do colegiado. A relação conta com nomes de ex-ministros e do atual titular do Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga.
São eles:
Elcio Franco – ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão Pazuello;
Arthur Weintraub – ex-assessor da Presidência da República suspeito de integrar o chamado “gabinete paralelo”;
Carlos Wizard – empresário suspeito de integrar o chamado “gabinete paralelo”;
Eduardo Pazuello – ex-ministro da saúde;
Marcelo Queiroga – ministro da saúde;
Ernesto Araújo – ex-ministro das relações exteriores;
Fábio Wajngarten – ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro;
Francieli Francinato – coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde;
Hélio Angotti Neto –secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde;
Marcellus Campêlo – secretário de saúde do Amazonas;
Mayra Pinheiro – secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde;
Nise Yamaguchi – médica suspeita de integrar o chamado “gabinete paralelo”;
Paolo Zanotto – virologista suspeito de integrar o chamado “gabinete paralelo”;
Luciano Dias Azevedo – anestesista suspeito de integrar o chamado “gabinete paralelo”.
A reclassificação dos depoentes, de testemunhas para investigados, é uma atribuição do relator e precisa ser levada para discussão do plenário da comissão.
A manobra permite ainda que os citados constem na lista de indiciados pela comissão, ao fim dos depoimentos, quando uma denúncia deverá ser feita ao Ministério Público. Na condição de investigados, a CPI poderá também aprovar quebra de sigilos e operações de busca e apreensão.
A lista completa com os nomes foi anunciada em entrevista coletiva do chamado G7, grupo de senadores que fazem parte do comando da CPI.
No momento de apresentação da lista, Renan voltou a criticar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão do enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
O relator da CPI afirmou que a postura do mandatário do país frente à gravidade da crise sanitária é “irresponsável, deslavada e criminosa”.
“Neste fim de semana, chegaremos, tristemente, a mais de meio milhão de mortes no Brasil pela Covid, diante da absoluta irresponsabilidade do chefe de governo, que ainda ontem reiterou tudo que havia dito a respeito da imunidade de rebanho, da imunização natural. Mais uma vez, querendo enganar a população. Irresponsável, deslavado e criminoso”, disse.
Calheiros disse que o trabalho investigativo do colegiado “já demonstrou que o governo sempre recusou as vacinas e sempre tentou e colocou em seu lugar o chamado tratamento precoce”.