O deputado federal Paulinho Freire, pré-candidato a prefeito pelo União Brasil, mostrou ontem que continua articulando seu nome para concorrer ao Palácio Felipe Camarão. Ao lado do presidente da Câmara Municipal, vereador Ériko Jácome (MDB), Paulinho conversou sobre 2024 com a nova bancada do PSDB de Natal. O articulador político do partido, vereador Klaus Araújo, defende de público o apoio ao nome de Paulinho para prefeito.
Na conversa, o PSDB mostrou unidade entre todos os cinco novos integrantes: Klaus, Anderson Lopes; Aldo Clemente; o líder do prefeito na Câmara, Hermes Câmara; e o vereador Herbert Sena, que preside os tucanos na capital. Além do PSDB e o União Brasil, Paulinho busca outras legendas para criar corpo e trabalhar as quatro zonas eleitorais da capital potiguar.
No escritório de Candelária, sempre quando retorna de Brasília nas quintas-feiras, Paulinho tem agendado muitas conversas com vereadores de várias siglas e pré-candidatos que vão concorrer em 2024.
Ériko tem alertado ao prefeito Álvaro Dias (Republicanos) que o melhor nome para juntar a base e crescer nas pesquisas é o de Paulinho Freire. Hoje, o deputado juntaria o centro e a direita para enfrentar a deputada federal Natália Bonavides, que será o nome do PT e da governadora Fátima Bezerra em Natal.
DISCURSOS
Em uma solenidade política até com a música “Anunciação”, (Tu vens, tu vens) do pernambucano Alceu Valença, o presidente Lula e a governadora Fátima Bezerra subiram ao palco institucional montando em Luís Gomes, no Alto Oeste, ontem. Vestida de branco e vermelho, Fátima chegou acenar com o “L” com o fundo musical: “Tu vens, tu vens. Eu já escuto os teus sinais”. A governadora não tocou na crise financeira que assola seu governo, mas destacou que Lula entregará até 2026 todas as obras que vão garantir a chegada das águas do Rio São Francisco no Estado.
TOM POLÍTICO
Ainda durante o discurso, Fátima se referiu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “praga”, ao falar sobre a falta de investimentos em educação. Ela também chamou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, como “golpe”. Fátima disse que as obras anunciadas pelo seu governo para ensino profissionalizante deveriam ter saído antes, caso não fosse a cassação de Dilma. “Infelizmente veio aquele golpe vergonhoso, que injustamente cassou a presidente Dilma, que agora vamos fazer justiça. Depois veio Bolsonaro. Esse nem se fala. Vou nem falar no nome dessa praga”, disse, em tom político.
TÚNEL
Lula e Fátima inspecionaram as obras do Ramal Apodi da Transposição das Águas do Rio São Francisco. Mesmo lugar onde, ano passado, o ex-ministro do Governo Bolsonaro e hoje senador Rogério Marinho (PL) anunciava a mesma obra e frisava a agilidade. Nos bastidores, quem sempre leva o nome é quem inaugura. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que hoje comanda a antiga pasta de Rogério Marinho, também esteve no local.
ASPAS
“Não pense que foi fácil, foi muito difícil. Quando eu venho a uma cidade como Luís Gomes, e vou visitar um buraco que vai ter 6 km de comprimento, que vai passar um pouco da água para levar pra 54 cidades, eu fico realizado. Porque é um sonho realizado ver o povo nordestino tomar água tratada, ter água pra cuidar da sua cabrinha, do seu jumento, do seu bode. A gente não pode ficar dependendo de carro-pipa”, disse Lula, puxando para um discurso humanizado.
BILHÃO
O Ramal do Apodi teve sua obra iniciada há dois anos. Atualmente, está com 27% da execução concluída. A previsão é que o empreendimento se estenda por 52 meses, a contar do seu início, e a visita de ontem marca justamente a metade do tempo estimado para sua conclusão. Quando concluído, em 2025, o ramal vai beneficiar 750 mil pessoas em 54 municípios dos estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. O investimento é de R$ 1,3 bilhão.
EXPANSÃO AGORA RN
Após se tornar o maior jornal em circulação impressa de Natal e região metropolitana e de ser o único veículo impresso da capital potiguar a circular também em Mossoró e região, o AGORA RN continua em processo de expansão. A partir da próxima terça-feira 5, às 7h da manhã, o jornal estará disponível em cerca de 30 pontos de distribuição na cidade Assú e na região do Vale do Açu. O jornal recentemente também ganhou mais páginas e novas editorias, e promete outras novidades.
UNIÃO COM CENTRÃO
Vencida a disputa eleitoral, Lula desceu do palanque, apoiou a reeleição do líder do Centrão, Arthur Lira (PP), ao comando da Câmara dos Deputados, ao perceber que não tinha como derrotá-lo. Manteve apadrinhados do Centrão em cargos de destaque do Palácio do Planalto e passou a negociar com o grupo uma adesão em bloco à sua terceira gestão. Agora, a adesão do Centrão amplia tensões entre o presidente da República e partidos de esquerda. O Centrão garante ao presidente maioria no Congresso, mas também vai confrontar o petista com pautas caras às siglas esquerdistas, incluindo o próprio PT
NA MIRA
A Polícia Federal afirma que Eduardo José Barros Costa, sócio oculto da Construservice, empreiteira suspeita de fraude em licitações da estatal federal Codevasf, pagou a uma empresa de fachada do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA). O recurso, cujo valor não é detalhado em decisão judicial, foi repassado para a empresa Arco Construções e Incorporações, que não tem o ministro entre os sócios formais, mas “faticamente pertence a Juscelino Filho”, segundo a PF. A suspeita da polícia é de que Juscelino se beneficiou de um esquema de desvio de verba de emendas parlamentares indicadas pelo próprio ministro, que está licenciado do cargo de deputado federal pelo Maranhão.
COFRES
O Supremo Tribunal Federal formou maioria para que sindicatos possam cobrar contribuição assistencial de trabalhadores não sindicalizados. A análise do caso foi retomada em julgamento virtual nesta sexta-feira 1º e vai até o dia 11 de setembro. No formato virtual, ministros depositam seus votos no sistema eletrônico da corte e não há discussão presencial sobre o tema. Dos 11 integrantes do STF, 6 já votaram a favor do pedido de um sindicato do Paraná. O caso, porém, tem repercussão geral e valerá para todas as entidades do país.