Inelegível segundo decreto da 69ª Zona Eleitoral, por reincidência da prática de conduta vedada durante a campanha deste ano, o prefeito de Natal Paulinho Freire negou as acusações contra ele. Além da inelegibilidade, o prefeito terá de pagar multa de R$ 10.641. No entanto, poderá recorrer da decisão.
Dentre as práticas que foram reconhecidas pela Justiça como conduta vedada está a pressão para que pessoas que prestam serviços terceirizados à Prefeitura votassem em Paulinho Freire para vereador.

Segundo a promotora eleitoral Rossana Sudário, ele teria usado a Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Ação Social (Semtas) e a Urbana para pedir votos na campanha e ameaçar tirar o emprego dos cargos comissionados que não votassem nele. De acordo o MP, a pressão política sobre servidores municipais também atingiu a Ong Ativa, vincula à Semtas, entidade que sofreu intervenção judicial semana passada por ser usada como curral eleitoral de parlamentares do PV, onde as nomeações tinham caráter político.
“Não pressionei ninguém. Nunca fiz. Em 20 anos de vida pública nunca pedi votos para ninguém dentro de órgãos públicos”, afirmou o prefeito. Após a ação transitar em julgado e no caso da decisão ser mantida, Paulinho Freire será enquadrado na lei da Ficha Limpa, ficando inelegível por oito anos.