O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta segunda-feira 22 que a economia de hidrocarbonetos continuará a ser relevante para os próximos 40 a 50 anos. Segundo o executivo, as reservas atuais de petróleo em exploração no Brasil sustentam a autossuficiência em produção de petróleo para os próximos 12 a 13 anos, o que deve levar o País a um grande dilema.
“Ou vamos para a Margem Equatorial ou voltamos a importar combustíveis de outros países”, afirmou Prates, se referindo a movimentos ambientais que têm ganhado força no exterior e pedem a descarbonização.
O executivo defendeu que a exploração na Margem Equatorial deve ser feita, citando como exemplo as operações em Urucu, no coração do Amazonas, que não trouxe acidentes até o momento.
“A licença que está lá em discussão na Margem Equatorial é a de exploração perfuratória, portanto não diz respeito à etapa de produção. Depois de dois anos, vamos descobrir sobre o potencial comercial, depois vamos construir a plataforma. São, pelo menos, seis a oito anos que temos de levar para começar a produção na Margem Equatorial”, afirmou o presidente da Petrobras.
Prates defendeu ainda que a empresa é a única empresa capaz de garantir a responsabilidade para realizar a exploração na Margem Equatorial sem trazer riscos ao meio ambiente na região.