O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou um ofício ao Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, solicitando medidas para garantir a segurança do cacique indígena da Comunidade Catu. A liderança indígena denunciou atividades de desmatamento ilegal em uma área dentro do território de sua comunidade, atualmente em processo de demarcação. Esta área está inserida na Área de Proteção Ambiental Piquiri/Una, localizada nos municípios de Gonaninha (RN) e Espírito Santo (RN).
O cacique auxiliou as autoridades a localizar a área que estava sendo desmatada para futura plantação de cana-de-açúcar, o que resultou na apreensão de equipamentos e em outras medidas. O MPF também solicitou à Polícia Federal que investigasse urgentemente os fatos e a possível relação entre a ameaça recebida pelo indígena e as denúncias feitas por ele.
Na semana passada, o cacique registrou um boletim de ocorrência na polícia civil, relatando que dois homens desconhecidos entraram na casa de seu irmão e perguntaram à sua cunhada sobre sua localização. O líder indígena acredita que foi procurado devido às denúncias que fez e desde então tem sofrido ameaças, sendo este o incidente mais grave.
O MPF conduz um Inquérito Civil para investigar o desmatamento, queimadas e extração ilegal de madeira no território indígena do Catu, além de outras questões relacionadas à comunidade. O território é caracterizado por um bioma de mata atlântica, que vem sendo degradado por atividades ilegais.
