O Ministério Público do Rio denunciou à Justiça nesta sexta-feira (15) 11 pessoas por incêndio culposo qualificado com resultado de morte e lesão grave no caso do incêndio do Ninho do Urubu, na Zona Oeste do Rio, ocorrido em fevereiro de 2019.
Os denunciados são dirigentes do Flamengo e representantes de empresas que prestaram serviço para o clube na época do incêndio.
O incêndio no Centro de Treinamento do Clube de Regatas do Flamengo (CRF), conhecido como “Ninho do Urubu”, provocou a morte de dez adolescentes e graves lesões em outros três.
Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, ex-presidente do clube, foi um dos denunciados.
Segundo os promotores, foi ele quem assinou todos os contratos de compra dos contêineres que pegaram fogo. Em 2014, Bandeira de Mello chegou a ser notificado pelo Ministério Público e pelo Ministério Público do Trabalho pra regularizar a situação considerada precária pelas autoridades.
De acordo com o MP, Bandeira de Mello optou por não cumprir as determinações de adequação do espaço, como o sistema de prevenção de incêndio devidamente certificado pelo Corpo de Bombeiros. Os promotores dizem que Bandeira tinha ciência do estado de clandestinidade dos contêineres.
O monitor dos atletas de base – marcus vinicius medeiros – também foi denunciado.
Segundo o mp, de forma negligente e imprudente ele descumpriu a função de estar com os jogadores durante a noite, o que impediu a identificação do início do incêndio, o alastramento das chamas, a fuga e o rápido socorro as vítimas.