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Operação

[VÍDEO] Moradores da Penha levam cerca de 55 corpos para praça após operação mais letal da história do RJ

Comunidade diz que eles não fazem parte da contagem oficial; famílias tentam reconhecer vítimas após confrontos na Serra da Misericórdia
Redação
29/10/2025 | 07:59

Cerca de 60 corpos foram localizados e retirados de uma área de mata do Complexo da Penha por moradores, após a Operação Contenção realizada pelas forças de segurança do estado, nessa terça-feira 28. Os corpos foram reunidos na Praça São Lucas, no centro da comunidade, e de acordo com os moradores, não fazem parte da contagem oficial de 64 mortos – 60 suspeitos e 4 policiais. A Polícia Militar foi procurada, mas ainda não se pronunciou. 

O governo do Rio de Janeiro informou na terça-feira 28 que 60 criminosos foram mortos durante a megaoperação realizada na Penha e no Complexo do Alemão. Quatro policiais também morreram na ação. Até o momento, não há confirmação se os corpos levados à praça estão incluídos nesse número ou se representam novas vítimas, o que poderia aumentar o total de mortos.

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Corpos foram levados por moradores até a Praça São Lucas, na Penha, após confrontos entre policiais e traficantes - Foto: reprodução

Se eles realmente estiverem fora das 64 vítimas contabilizadas ontem, o saldo total de mortos da operação mais letal já realizada pelas forças de segurança do Rio, pode chegar a 120. Durante a noite, mais seis corpos encontrados em área de mata no Complexo do Alemão foram levados para o Hospital Getúlio Vargas.

O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou ao g1 que tomou conhecimento sobre os corpos na praça e que o caso está sendo investigado.

De acordo com informações apuradas pelo g1, os corpos estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde ocorreram os principais confrontos entre as forças de segurança e traficantes. Moradores afirmaram que ainda há vítimas no alto do morro.

O ativista Raull Santiago, que participou da retirada dos corpos da mata, relatou a gravidade da situação. “Em 36 anos de favela, passando por várias operações e chacinas, eu nunca vi nada parecido com o que estou vendo hoje. É algo novo. Brutal e violento num nível desconhecido”, disse.

Segundo informações, o transporte dos corpos até a praça teve como objetivo facilitar o reconhecimento por familiares.

A Polícia Civil informou que o atendimento às famílias para o reconhecimento oficial das vítimas será feito no prédio do Detran, ao lado do Instituto Médico-Legal (IML), a partir das 8h. O acesso ao IML será restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público, responsáveis pelos exames periciais. As demais necropsias sem relação com a operação serão realizadas no IML de Niterói.

Confira o vídeo:

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