A “megafederação” que deve unir o centrão no Congresso Nacional vai impor mais pressão ao governo federal no próximo ano. A previsão é de que a aliança seja oficializada após a definição dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro.
Favoritos para comandar as casas legislativas, o senador David Alcolumbre e o deputado Hugo Motta integram partidos do grupo.
Se consolidada, a federação chegará a 151 deputados e 17 senadores. Na Câmara, o número ultrapassaria o PL, que possui a maior bancada neste momento: 95 deputados.
Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam o movimento sob cautela, mas admitem que é preciso buscar aproximação com o grupo, que poderá ser levado em consideração para o desenho da próxima Esplanada dos Ministérios. Atualmente, União Brasil tem três ministérios. PP e Republicanos têm um cada.
Como contrapartida, ministros esperam um acerto que ajude na governabilidade sem sobressaltos nas votações do Legislativo e atrair o máximo de lideranças para o palanque de Lula na próxima eleição.
