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Áudio

Mauro Cid sugere que golpe ‘deveria ocorrer’ até 12 de dezembro; ouça áudio

Em áudio interceptado pela PF, Cid defendeu que um golpe de Estado ocorresse antes do dia 12 de dezembro
Redação
25/11/2024 | 19:31

O tenente-coronel Mauro Cid, em áudio interceptado pela Polícia Federal (PF), teria defendido que um golpe de Estado ocorresse antes do dia 12 de dezembro de 2022, data marcada para diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Geraldo Alckmin (PSB).

“Vou conversar com o presidente. O negócio é que ele tem essa personalidade, às vezes. Ele espera, espera, espera, espera pra ver até onde vai, ver os apoios que tem. Só que, às vezes, o tempo tá curto. Não dá pra esperar muito mais passar. Dia 12 seria… Teria que ser antes do dia 12, mas com certeza não vai acontecer nada”, afirmou em uma mensagem enviada ao general Mario Fernandes.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) / Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) / Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A conversa entre o general e o tenente-coronel ocorreu em 8 de dezembro de 2022. O general Mario demostrava preocupação em perder o controle sobre a massa de pessoas envolvidas nas manifestações que estavam nas ruas e que questionavam os resultados das urnas.

Na ocasião, o general cita que teve uma conversa com o presidente Bolsonaro e que ele teria dito que qualquer ação poderia acontecer até o dia 31 de dezembro. “Mas, porra, aí na hora eu disse: ‘Pô, presidente, mas o quanto antes. A gente já perdeu tantas oportunidades”, afirmou Mario Fernandes no áudio.

“E aí, depois meditando aqui em casa, eu queria que, porra, de repente você passasse pra ele dois aspectos que eu levantei em relação a isso. A partir da semana que vem, eu cheguei a citar isso pra ele, das duas uma: os movimentos de manifestação na rua, ou eles vão esmaecer ou vão recrudescer. Recrudescer com radicalismos e a gente perde o controle, né? Pode acontecer de tudo. Mas podem esmaecer também”, sugere.

“O segundo ponto é o seguinte, eu estou tentando agir diretamente junto às forças, mas, pô, se tu pudesse pedir para o presidente ou para o gabinete do presidente atuar”, completa o general.

O Metrópoles teve acesso a mais de 50 áudios relacionados a Mario Fernandes e que detalham o que pensavam os militares envolvidos na trama golpista.

Com informações do portal Metrópoles e UOL

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