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Entrevista

“Mais RN” e seu papel no futuro econômico do estado

Coordenador do “Mais RN”, José Bezerra Marinho comenta a iniciativa criada em 2014 e ressalta papel de Marcos César Formiga no processo
Redação
23/12/2020 | 06:36

A cada ano que passa desde sua criação, em 2014, o Mais RN vem se consolidando como um projeto de desenvolvimento do RN. Marca, de maneira indelével, as gestões de Amaro Sales à frente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte.

Ignorado no princípio pelas gestões estaduais, o projeto é hoje um referencial, um norte, para o crescimento do estado, pois reúne uma generosa gama de informações atualizadas e não fica só nisso – este ano estreou sua versão digital e não satisfeita, reuniu lideranças políticas e empresariais em torno de sua agenda.

“mais rn” e seu papel no futuro econômico do estado
Coordenador do “Mais RN”, José Bezerra Marinho - Foto: Reprodução

Para entender melhor o Mais RN em toda a sua amplitude, o Agora RN ouviu seu coordenador, José Bezerra Marinho, a quem coube assumir o projeto no ano passado, administrando a interlocução com os mais diferentes setores da sociedade potiguar. Graduado em Direito pela UFRN, com cursos nos Estados Unidos, França e Suíça e uma grande experiência, ao mesmo tempo, na iniciativa privada e no serviço público, José Bezerra Marinho fala de sua visão sobre a relevância do projeto.

Agora RN- Como define o projeto?
José Bezerra Marinho:
Sou um consultor vinculado à empresa que atualmente opera o Mais RN sob os auspícios da Fiern. Não integro os quadros da Fiern, nem do Senai ou do Sesi. E o meu trabalho de consultor compreende exatamente coordenar o Mais RN, o que eu venho fazendo desde outubro do ano passado. O Mais RN, pegando um pouquinho da linha histórica, foi uma iniciativa do presidente Amaro Sales. Na época, o assessor da presidência era o professor Marcos César Formiga e ele, que foi secretário de Planejamento do Estado, prefeito de Natal, deputado federal e um extraordinário professor de Economia, imaginaram que aquilo que o presidente Amaro estava visualizando poderia se transformar em uma contribuição valiosa e efetiva ao desenvolvimento do Estado, por meio de uma ordenação das forças, informações e estratégias para que isso tudo isso, somado, resultasse numa linha de ação em busca do desenvolvimento do RN.

Agora RN – Resumindo, o professor Marcos César Formiga concretizou um projeto imaginado pelo presidente Amaro Sales.
JBM –
Totalmente. O professor Marcos César traçou o caminho para consubstanciar a iniciativa do presidente Amaro para um esforço chamado de Mais RN. É importante registrar que, nessa altura, foi contratada uma empresa de consultoria do Rio de Janeiro, conduzida pelo economista Cláudio Porto, uma empresa com grande tradição de serviços, com trabalhos feitos para o Governo Federal e para a própria Confederação Nacional da Indústria (CNI), ou seja, uma credibilidade inquestionável.

Agora RN – Houve recursos governamentais no Mais RN?
JBM –
Nenhum, zero. Os recursos foram 100% privados, não houve um centavo do poder público. Participaram desse esforço as federações da Agricultura, do Comércio, o Sebrae RN e várias empresas privadas que contribuíram financeiramente para viabilizar a contratação desse serviço. Foi concebido um enorme diagnóstico da situação do Estado do ponto de vista econômico, social e do potencial do estado – coisa que já havia sido feita no passado, mas não com o cuidado, a aplicação e a preocupação de tratar as informações associadas não apenas ao diagnóstico, mas ao que precisava ser feito para que se desdobrasse em ação, gerando resultados concretos a partir da perspectivas governamental e privada. De 2014 para cá, todos os governos receberam atualizações do Mais RN. Diagnóstico, linha de ação, pontos críticos, situação socioeconômica, temas que se não fossem tratados poderiam remeter a uma situação grave do ponto de vista da sociedade do Rio Grande do Norte. Os estudos, com base em dados sempre atuais e revisados, forneceram pistas a serem seguidas para envolver a indústria e o comércio nessas ações.

Agora RN – A receptividade do governo na época foi boa?
JBM –
Não posso dizer que houve uma boa receptividade. No início, os governos dispensaram pouca ou nenhuma importância ao Mais RN, a verdade é essa. No final de 2018, quando eu comecei a conversar com o presidente Amaro, o professor Marcos César já estava afastado por um grave problema de saúde que acabou por tirar sua vida em janeiro deste ano. Conversamos sobre a necessidade de desembrulhar o Mais RN, transformá-lo de um acervo imenso de informações nos segmentos da segurança, do turismo, educação, agricultura, em algo dinâmico capaz de contextualizar todos esses dados à luz dos problemas existentes, atualizando as linhas de ação para atacar os problemas e desafios. Ao mesmo tempo, levando essas questões aos municípios, interiorizando o debate. Mas sentíamos que faltava alguma coisa. Foi então percebemos que o grande desafio era justamente o da comunicação. Sobretudo no mundo em que vivemos, especialmente tendo em vista o avanço da tecnologia.

Agora RN – Qual a solução encontrada?
JBM –
Isso acabou resultando no Mais RN Digital. Nesse momento, fomos pegos por esse tsunami da pandemia do novo coronavírus. O presidente Amaro determinou, então, que nós deixássemos qualquer outro esforço e nos concentrássemos na concepção de um programa gradual de retomada da economia que, por um imperativo sanitário, estava totalmente fechado. Porque a crise não era só econômica ou sanitária e sim social. Afinal, a economia é uma ciência social. Então, começamos a trabalhar sob essa perspectiva. E a forma de trabalho juntou a contribuição de outras federações e associações de classe, como o Clube dos Diretores Lojistas, Federação dos Transportes, do Comércio, da Agricultura e alguns empresários.

Agora RN – Ou seja, a pandemia alterou as linhas de ação do Mais RN?
JBM –
Eu diria que nos lançou no teatro de operações. Nós começamos a discutir com representantes do governo do estado como faríamos essa retomada gradual de tal forma que a Fiern acabou assumindo a liderança desse projeto com o apoio e a contribuição decisiva dessas entidades e pessoas. E a questão era: como incluir todas as novas demandas numa agenda inteligente e lógica. Afinal, embora boa parte da indústria não tenha fechado com a pandemia, estava claro que haveria consequência para elas com a redução de demanda.

Agora RN – Ou seja, foi preciso afinar o discurso?
JBM –
Fazendo uma digressão, eu diria que existe uma tendência a se olhar as coisas isoladamente no Brasil, como se elas não pertencessem ao mesmo contexto, ao mesmo quadro. É um problema econômico ali, um problema social aqui; um problema sanitário lá, uma questão da iniciativa privada acolá – quando, na verdade, são questões profundamente interligadas, que se conversam. E como a palavra “complexo” já sugere, são fios a serem tecidos juntos. Graças a essa visão sistêmica do presidente Amaro, o plano de retomada gradual da economia gestada no interior do Mais RN foi levado à frente com sucesso, eu diria.

Agora RN – Como a Fiern vê o futuro do Mais RN?
JBM –
Hoje, a Fiern, liderada pelo presidente Amaro, se pergunta quem são os nossos clientes, o que interessa à indústria e pode se encaixar profundamente às políticas do governo estadual para a economia. A partir disso a preocupação do presidente Amaro tem sido transformar a Fiern num núcleo de inteligência permanente, de geração de informação para um grande destino que é o RN. Facilitar o processo de investimento, ajudar no processo que liga o Estado como ente à iniciativa privada, normatizando questões relativas à tributação e ao meio ambiente. E nosso papel é permitir que essas informações cheguem ao seu destino.

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