26/05/2021 | 10:35
A mãe da jovem de 19 anos suspeita de planejar um massacre em uma escola pública no Recanto das Emas falou com a filha pela primeira vez, nesta terça-feira 25, desde a internação compulsória determinada pela Justiça. Sem a possibilidade de ocorrer pessoalmente, a conversa foi por chamada de vídeo.
De acordo com a mãe, a adolescente está sendo bem tratada, mas disse constantemente que queria sair do hospital psiquiátrico. “Só chora muito e pergunta quando vem para casa. Fiquei 1% aliviada, só que é muito exaustivo e traumatizante para toda a família não ter ela conosco”, desabafa.
A mãe considera que não há razão médica para a garota ficar internada. Ela espera que a decisão judicial tenha sido apenas para proteger a jovem. “Não teve qualquer intercorrência que justifique que ela é agressiva. Eles não internam pacientes estabilizados e com tratamento em dia, que é o caso dela. Quero acreditar que tenha sido para preservá-la de algum atentado em razão da exposição”, comenta.
Ainda não há previsão de quando a adolescente poderá voltar para casa, mas a mãe crê que não demore muito.
Internação compulsória
Equipes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e da Divisão de Operações Especiais (DOE) cumpriram ordem judicial de internação psiquiátrica compulsória da jovem de 19 anos suspeita de planejar um massacre em uma escola pública do Recanto das Emas.
O pedido para internação foi apresentado à Justiça, no sábado 22, pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
A decisão foi da juíza plantonista do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e cumprida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã de domingo 23.
Segundo o MPDFT, o pedido, deferido pela Justiça, foi solicitado para garantir a segurança da jovem e de terceiros. A Justiça intimou os pais da adolescente assim como a Secretaria de Saúde do DF para o cumprimento da medida.
“Após compartilhamento das provas da área criminal com área cível do MPDFT, foi solicitada a internação, medida de caráter cível, a fim de garantir a segurança não só da pessoa apontada como potencial autora do ataque, como da própria sociedade”, destacou o Ministério Público.