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Comércio

Lula pediu a Trump suspensão de tarifa de 40% durante negociação, diz Alckmin

Segundo Geraldo Alckmin, presidente brasileiro solicitou que sobretaxa seja retirada durante negociações com os Estados Unidos; chanceler Mauro Vieira se reúne com Marco Rubio na sexta 17
Redação
12/10/2025 | 13:51

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a suspensão imediata da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros. O pedido foi feito durante telefonema realizado em 6 de outubro, segundo informou neste domingo 12 o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, em Aparecida (SP).

“O pedido do presidente Lula para o presidente Trump foi que, enquanto negocia, suspende os 40%. Esse foi o pleito. Enquanto negocia, suspende os 40%”, disse Alckmin a jornalistas.

Alckmin diz estar otimista com encontro anunciado entre Lula e Trump - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Presidente em exercício, Geraldo Alckmin, informou que Lula pediu a suspensão da tarifa de 40% imposta por Trump a produtos brasileiros - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Na conversa, Trump designou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Alckmin afirmou não ver entraves à condução do processo por Rubio. “Não acredito. A orientação do presidente Trump foi muito clara. Nós queremos fazer um diálogo e entendimento. E o Brasil sempre defendeu isso”, declarou.

Na próxima sexta-feira 17, Mauro Vieira deve se reunir com Marco Rubio em Washington para tratar do tarifaço e de medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras, como a aplicação da Lei Magnitsky e a revogação de vistos.

Além das tratativas entre as equipes dos dois países, Lula e Trump também concordaram em realizar um novo encontro presencial. O presidente brasileiro sugeriu que a reunião ocorra durante a Cúpula da Asean, na Malásia, e se colocou à disposição para viajar aos Estados Unidos.

De acordo com Alckmin, 42% das exportações brasileiras para os Estados Unidos estão fora do tarifaço. O governo estima que cerca de 34% dos produtos fabricados no Brasil são afetados diretamente pela tarifa de 50%.