Em homenagem ao Geoparque Seridó, território no Seridó Potiguar que apresenta belezas nos aspectos geológicos, geomorfológicos, hidrográficos, mineiro, biológico em seis municípios, o cantor potiguar e geólogo Leão Neto lança no dia 1º de novembro o álbum “O canto do Geoparque Seridó”.
Ao todo, nove faixas trazem, em sua maioria, ritmos nordestinos para contar a história de um geossítio de cada um dos seis municípios presentes no geoparque. O projeto, apoiado pelo SEBRAE, será lançado em todas as plataformas digitais de música e no YouTube. Em entrevista, o músico falou sobre o projeto. Confira:
Revista Cultue- Como foi o início do projeto e do edital?
Leão Neto – A idealização do projeto “O canto do Geoparque Seridó” teve início em 2022, quando em conversa com o coordenador científico do Geoparque Seridó, o geólogo e Professor da UFRN, Marcos Nascimento, sugeri a composição e gravação de uma música para utilizar na divulgação do Geoparque. Ele acatou a ideia de imediato e eu compus a música ‘Geoparque Seridó’ que foi lançada nas plataformas de streaming e Facebook em 2022. Em seguida, senti a necessidade de compor outras canções para valorizar os geossítios. A ideia era compor uma canção para cada geossítio mas, no momento, não seria possível. Então lancei a ideia de compor 8 músicas: uma para um geossítio de cada um dos seis municípios. E assim foi combinado. Em maio de 2022, escrevi o projeto para o Edital SEBRAE – Economia Criativa 2023 e fomos aprovados. Para a realização do projeto contatei o músico e arranjador Geral Nunes que ficou responsável pela elaboração dos arranjos e gravação, mixagem e masterização no seu estúdio GY Edições. Além disso, também foram convidados os músicos Wallyson Santos, Gilson do Acordeon, Jane Eire e Monalisa Nobre.
Cultue – Como foi participar?
Leão Neto – Está sendo uma realização pessoal, pois estou falando de temas que estudei a minha vida inteira como geólogo e professor de geologia do IFRN. Falando da Geodiversidade!
Além disso, saber que essas canções irão contribuir na educação, desde o ensino infantil até o ensino superior, com a abordagem das características físicas, biológicas e culturais de cada geossítio, e consequentemente, de cada município, me deixa muito feliz e orgulhoso.
Cultue – Como funcionou o processo de composição? Qual foi a ideia para ter as faixas do álbum?
Leão Neto – Simples e complexo ao mesmo tempo. Simples porque eu detenho muitas informações sobre a Geodiversidade com a minha atividade de professor de geologia, porém compor músicas com uma temática tão diversificada e diferente para a o grande público não é tarefa fácil. Entretanto, tomei alguns cuidados, como selecionar os geossítios de importância, usar ritmos regionais ou outros com vertente cultural que tenham relação com o município ou mesmo o geossítio, usar palavras da região, mas também usar termos técnicos, com objetivo de aumentar o conhecimento sobre o geoparque, fazer refrões de fácil aprendizado, de forma a incentivar no seu canto e na dança.
Cultue – Qual a importância do Geoparque Seridó? Por que divulgá-lo?
Leão Neto – É importante divulgar porque essas belezas impulsionam o turismo de sobremaneira, tornando essa região como uma fonte de renda para muitos moradores, além de definir e incentivar a prática da preservação e conservação ambiental, estabelecendo comportamentos para o desenvolvimento sustentável do território.