O deputado estadual José Dias (PL) condenou qualquer solução política que não passe pela decisão soberana do povo. Para o parlamentar, o Brasil vive um momento de “caos”, mas ele defende que a superação da crise deve ocorrer exclusivamente por meios democráticos. A fala do deputado ocorre após a descoberta de um plano de tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Nós estamos vivendo no Brasil e no nosso Estado uma situação absolutamente dramática. Alguns dizem que nós não chegamos ainda no caos. Olha, se nós formos verificar o que é caos, eu acho que nós já estamos nesse chamado caos, porque as coisas estão de ponta cabeça, estão viradas”, disse.
José Dias rejeitou a ideia de figuras salvadoras ou soluções violentas. “Essa história de homem salvador e providencial não existe. Para mim, os meus heróis estão em outra linha, em uma linha de compreensão, de amor, em uma linha pacífica. Eu não vejo para uma sociedade democrática, para uma sociedade de homens e mulheres livres, outra solução a não ser a solução através da decisão soberana do povo”. E destacou que sua posição é fruto de uma tradição familiar de oposição a regimes autoritários. “Meus avós, meus pais e meus tios, que conviveram com a ditadura de Vargas, foram à oposição. Eu também tive o privilégio, juntamente com meu pai, de sermos à oposição, mesmo humildemente, apenas como cidadãos e como eleitores do regime militar”, afirmou.
Ele disse acreditar na soberania popular como a única forma legítima de mudança. “Não acredito, portanto, em solução providencial, seja de onde ela vier, de caserna, também de toga, também não acredito de batina. Para mim, a única solução política viável, mesmo com as suas dificuldades, é a escolha soberana do povo.”
“Por ideologia, governos do PT só pensam no pobre como margem de manobra”, diz
O deputado criticou a postura do Governo do RN e do Governo Federal, acusando-os de verem os mais pobres como “massa de manobra” para justificar aumentos de impostos. José Dias afirmou que os governos petistas, guiados por uma ideologia, têm se dedicado a arrecadar tributos, sem considerar as consequências econômicas para a população mais humilde.
“Nós temos que ter consciência que somos responsáveis por esse governo desastrado aqui do Rio Grande do Norte, que só pensa, como o governo Federal, em arrecadar impostos. Pensa no pobre como massa de manobra”, destacou.
Criticou ainda abordagem do PT em relação ao segmento mais carente da sociedade, afirmando que a pobreza se tornou um “capital” para o partido. “Eles falam muito de pobre, e pobre, na realidade, é o capital deles. O próprio presidente Lula já declarou que aqueles que conseguem ascender, receber um salário melhor, já não são eleitores do PT”, disse.