Sob o título “A farsa do jornalismo engajado”, o jornalista e colunista de O Jornal de Hoje Alex Medeiros publicou texto impagável, que diz tudo. Transcrevo.
“Há uma legião de imberbes jornalistas que encaram o ofício dentro do velho conceito acadêmico que seus professores marxistas impõem em sala de aula e que os faz crer que transformarão seus locais de trabalho em ambientes de função social.

Quando saem dos bancos da faculdade, descobrem que lá fora os jornais, as emissoras de rádio e TV, os sites, tudo é tocado dentro da filosofia capitalista que sustenta as empresas privadas. Os boys percebem que diferente das matérias de laboratório, as pautas são impostas pelo dono do negócio.
Contaminados pelo doutrinamento ideológico dos mestres engajados, logo que deixam o espaço idealista dos corredores do campus fazem uma espécie de rito de passagem se incorporando aos grupos da militância partidária ou dos chamados movimentos sociais, quase sempre uma diminuta turma se arvorando representante do povo.
De repente, não mais que de repente, os jornalistas em botão desabrocham nas redações como seres híbridos, em busca da realização pessoal e ao mesmo tempo envolvidos nas tarefas ideológicas de reforçar “a luta” daquilo que aprenderam com professores militantes. Geralmente, adquirem a compreensão de que coisas legais do mundo cultural tem intríseca relação com a esquerda.
Com isso, os valores verdadeiramente democráticos acabam sendo encarados como conservadorismo e os devaneios ideológicos de comunistas e ativistas sectários passam a ser vistos como a salvação do mundo, da raça humana. O PT criou até um slogan que mais parece reconhecimento de vida extraterrestre: “um outro mundo é possível”.
Na maquininha de moer caldo de cultura em que se transforma a própria vida, os jovens jornalistas terminam por colocar os interesses de um projeto de poder de grupos ideológicos acima da própria profissão, viram reles militontos das causas radicais que emburrecem o Brasil.
E tratam imediatamente de interpretar o processo político e social de acordo com o que pensam as castas minoritárias que tentam impor seus conceitos e fazer da maioria apenas um rebanho de seres abovinados que não devem questionar o rumo a ser tomado. Os engajados vomitam para a massa que é feio e reacionário pensar diferente dos grupelhos esquerdosos e sexistas.
Alguns, coitados, se transformam até em apóstolos de figuras nefastas e odientas como Jean Wyllys e Luiz Mott, pretensos líderes da nova humanidade que surgirá a partir de uma sociedade irmanada nos ritos e costumes homossexuais. Os meninos invadem as redes sociais como templários da boiolagem, dispostos a impor a nova verdade, como se fossem o cu do mundo.
Quando um xamã GLBT espirra que X homossexuais foram atacados no Brasil é como um sinal de alarme coletivo para que todos debatam o fato à exaustão, como se não fosse toda a sociedade brasileira quem está a mercê da violência que entrou em surto epidêmico. E na outra ponta da histeria, estão aqueles que se tornaram inimigos da inquisição gay: os evangélicos, os ricos e os que não comungam com as ideias esquerdistas.
Qualquer moleque de segundo grau que se debruçar sobre um mapa das estatísticas da violência e compará-lo com o estrato social do Brasil, a partir dos dados do IBGE, verá que a maioria absoluta da nação é formada por cristãos (sou da minoria ateia), gente trabalhadora e heterossexuais. Mas os jornalistazinhos engajados, ao que parece, acreditam que a maioria por aqui é ecumênica (quem sabe pré-islâmica), simpatizante petista e gay.
Vão ganhar tempo de vida, meninos!”