A primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve começar a funcionar em janeiro de 2026, segundo informou o secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, durante visita da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara de Natal ao canteiro de obras nesta segunda-feira 6. A construção foi retomada no final de setembro, após interrupção por falta de recursos.
O hospital será implantado em duas etapas. A primeira funcionará com “portas fechadas”, recebendo apenas pacientes encaminhados de outras unidades de saúde da capital. Serão 100 leitos, sendo 90 de enfermaria e 10 de UTI, além de salas de procedimentos, centro de diagnóstico por imagem, farmácia, cozinha e lavanderia.

A segunda fase, que já teve as obras iniciadas, prevê 220 novos leitos, além de centro cirúrgico e maternidade. O investimento total é de R$ 50 milhões na primeira fase e cerca de R$ 110 milhões na segunda, que tem conclusão prevista para o segundo semestre de 2027.
De acordo com o secretário Geraldo Pinho, os contratos temporários com profissionais da saúde serão prorrogados, e a secretaria analisa a realização de novos concursos públicos para completar o quadro de servidores.
A vereadora Camila Araújo (União Brasil), presidente da Comissão de Saúde, afirmou que a entrega do hospital vai ajudar a reduzir a pressão sobre as UPAs e maternidades.
“Este hospital municipal está com as obras a todo vapor. É um sonho de todo natalense, sobretudo dos Edis que compõem a Comissão de Saúde, porque a gente vai ter, com toda certeza, um desafogamento da rede de saúde a nível de UPAs e de internações nos hospitais, como nas maternidades ou no Hospital dos Pescadores”, disse.
Durante a visita, os engenheiros apresentaram o sistema de refrigeração de ar, que utiliza água gelada para climatização. O engenheiro Rodrigo Medeiros explicou que o ar é separado por setores, evitando a circulação de impurezas entre os ambientes.
“A enfermaria vai receber um ar condicionado, a UTI outro, a sala de espera outro e assim por diante, tudo a partir da mesma central. Esse sistema, por sua vez, impede que possíveis impurezas presentes no ar circulem pelo hospital, impedindo a proliferação de doenças respiratórias”, afirmou.
Também participaram da visita os vereadores Cláudio Custódio (PP), Cleiton da Policlínica (PSDB) e Preto Aquino (Podemos).