10/09/2020 | 11:36
O Hospital de Campanha de Natal, inaugurado em maio para atender exclusivamente pacientes infectados pela Covid-19, ainda não tem um futuro definido, ou seja, ainda não se sabe se será mantido após a pandemia ou desativado.
Nesta quinta-feira 10, a Prefeitura de Natal disse que “o hospital continua funcionando e não há discussão ainda sobre o tempo de funcionamento da unidade”.
Devido a pouca oferta de hospitais na capital, correntes do setor médico defendem que a prefeitura deveria adquirir o prédio — que custaria cerca de R$ 80 milhões — e transformá-lo em um hospital definitivo.
O hospital é considerado uma das peças fundamentais para o sucesso obtido pela capital potiguar no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Até o final de julho, foram 611 pacientes admitidos e tratados na unidade.
A taxa de pessoas curadas, que receberam alta na unidade, atingiu o patamar de 75,77% (419 pacientes). Já o número de óbitos foi de 134, com um percentual de 24,23%. Os dados também são referentes ao período de maio a julho.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atualmente há 4 pacientes internados em UTIs e 20 em enfermarias.
A unidade possui 120 leitos, sendo 100 de enfermaria e 20 UTIs com respiradores, monitores cardíacos, bombas de infusão, estrutura para realização de hemodiálise. Além disso, conta com tomógrafo, laboratório, farmácia, sala de assistência social e necrotério.
Antes de ser adaptado para funcionar como hospital, o prédio, que fica na Via Costeira, foi o hotel Parque da Costeira. A Justiça do Trabalho do Rio Grande do Norte disponibilizou o local à Prefeitura de Natal. O empreendimento encontra-se sob jurisdição para o pagamento de indenizações trabalhistas.