O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta quarta-feira 1º ao presidente Lula (PT) que o estado vive uma “situação de guerra” por causa das fortes chuvas que já deixaram dez mortos e 21 desaparecidos desde segunda-feira.
“Reforcei que precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra. Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos da atuação das Forças Armadas”, escreveu Leite nas redes sociais após telefonar ao petista.
Em resposta, Lula agendou uma viagem ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira 2, para acompanhar o resgate e definir ações emergenciais para o estado.
A comitiva presidencial deve contar com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Renan Filho (Transportes), além dos comandantes do Exército, general Tomás Paiva, e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e o secretário de Defesa Civil, Wolnei Barreiros.
“Nós vamos colocar no Rio Grande do Sul quantos homens for necessário para ajudar. Não tem limite da gente colocar, não. Se for só 30, vamos enviar 60, 90, 100. Não tem limite de pessoas para a gente enviar para ajudar”, disse Lula a Leite em trecho da ligação divulgado pelo presidente.
Segundo o presidente, as Forças Armadas têm oito helicópteros à disposição para auxílio imediato para os resgates de pessoas ilhadas e buscas por desaparecidos.
O Ministério da Defesa afirmou que as Forças Armadas empregaram 335 militares para o apoio à população gaúcha atingida pelos temporais. Os militares iniciaram as atividades na terça-feira 30 com o auxílio de 12 embarcações, cinco helicópteros e 43 viaturas.