O secretário de Administração do RN, Pedro Lopes, escancarou o fato em suas redes sociais. O RN, contra o alardeado pela Fecomércio, a Fiern e a oposição na Assembleia Legislativa, não teve queda dos preços em 2024, conforme pode ser percebido na evolução da inflação analisada entre os estados brasileiros. Os 2 pontos cortados do ICMS foram abocanhados pelos empresários como aumento da margem de lucro e retirados da saúde, segurança e educação. A Fecomércio e a Fiern seguem com espaço para publicação de sofismas sem contraditório. Só que a realidade está aí. Não irá mudar com ataques de valentia. Eu disse aqui que aquele estudo da Fecomércio, falando em queda de preços e aumento da arrecadação após o corte de 2 pontos no ICMS, com base na já não mais usada curva de Laffer, era falso. Agora, as entidades querem sustentar a lorota com nota “indignada” em canais bolsonaristas. Ora, podem gritar o quanto quiserem – sinal de que perderam a razão faz tempo –, mas a enganação ficou exposta.
HIPOCRISIA
A fala do presidente Lula comparando o que ocorre na Faixa de Gaza com o Holocausto, expôs a hipocrisia dos apoiadores de Israel. Benjamin Netanyahu, primeiro ministro israelense, e os seus fizeram diversas vezes a comparação com o Holocausto e usaram estrela de Davi na ONU sem questionamento sobre revisionismo. Agora, para denunciar os crimes de Israel, a comparação de Lula incomoda os que silenciaram. Já são 30 mil mortos, sendo a maioria mulheres e crianças. Há ainda milhares de amputados e desaparecidos. Gaza foi completamente destruída.
INSTRUMENTALIZAÇÃO
O maior revisionismo histórico e político da ocupação israelense é a tática retórica de tomar qualquer crítica contra Israel como um ataque aos judeus e, olha, essa tática tem adeptos fortes. É um jeito envergonhado (mas não menos efetivo) de se posicionar a favor dos crimes de Netanyahu.
ERRO
Agora, uma fala como a de Lula contra alguém tão poderoso teria forte reprimenda. Sim, o discurso foi ruim, não pela denúncia do genocídio em curso, mas pelo seu desenrolar estratégico. Vide a crise. Só penso que, se tivesse falado contra alguém menos poderoso, teria passado. Minha única restrição é sobre a instrumentalização da acusação de antissemitismo.
