O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi acionado por uma ala da bancada evangélica para atuar em favor de Jorge Messias no Senado Federal. Ambos são evangélicos.
Messias, atual ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), deve ser indicado até esta terça-feira 21 para a vaga aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Para ser aprovado, o indicado precisa de 41 votos favoráveis no plenário do Senado. Segundo mapeamento do governo, há expectativa de cerca de 50 votos a favor.

A bancada evangélica, que mantém diálogo com Mendonça e Messias, busca reduzir resistências entre senadores conservadores. Quando Mendonça foi indicado por Jair Bolsonaro (PL) ao STF, também contou com mobilização semelhante no Senado. Ele foi aprovado com 47 votos, seis a mais do que o mínimo necessário.
Entre os partidos da base, PSD e União Brasil ainda resistem à indicação de Messias e apoiam o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem respaldo entre ministros do STF.
No governo, a avaliação é que é possível diminuir as resistências com eventual aceno de Lula de que Pacheco pode ser escolhido em uma futura vaga, caso o presidente seja reeleito.
Na oposição, a aposta do Palácio do Planalto é em votos no Podemos e no Republicanos, partidos que veem com simpatia o perfil evangélico de Messias, apoiado por parte da bancada evangélica.