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Turismo

Estudos de viabilidade do Complexo Turístico da Redinha são finalizados

Prefeitura do Natal diz que só vai reabrir quando o espaço, fechado desde março, for administrado pela iniciativa privada
Redação
12/08/2025 | 05:01

Foram finalizados os estudos de viabilidade econômico-financeira e da modelagem jurídico-institucional do Complexo Turístico da Redinha. Os documentos foram elaborados pela empresa P4 Concessões e Consultoria LTDA, que havia sido selecionada para esse serviço em maio. Os estudos reúnem diagnósticos, cenários de demanda, estimativas de investimento, custos operacionais, matriz de riscos, propostas de repartição de receitas, indicadores de desempenho e minutas-base de contrato e edital para a futura concessão.

Após receber os estudos, a Secretaria Municipal de Parcerias, Concessões, Empreendedorismo e Inovações (Sepae) terá um prazo de 15 dias para análise técnica, que contará com o apoio do Instituto Fecomércio. Nessa etapa, a equipe municipal fará a verificação de premissas e consistência (técnica, jurídica e econômico-financeira), a compatibilidade com o marco legal vigente e com as diretrizes de política pública, além da validação de parâmetros como prazo contratual, modelo de remuneração do concessionário, estrutura de garantias, governança e mecanismos de equilíbrio econômico-financeiro.

Complexo Turístico da Redinha está fechado desde 9 de março - desde então, aguarda concessão à iniciativa privada - Foto: José Aldenir/Agora RN
Complexo Turístico da Redinha está fechado desde 9 de março - desde então, aguarda concessão à iniciativa privada - Foto: José Aldenir/Agora RN

Durante esse processo, poderá ser solicitado à empresa responsável que apresente ajustes, esclarecimentos ou complementos, a fim de sanar dúvidas, suprir eventuais lacunas ou aprimorar a qualidade e a completude das informações apresentadas.

Concluída a análise, a Prefeitura definirá quais partes dos estudos serão incorporadas ao projeto e dará andamento à montagem do edital de licitação da concessão.

A empresa que realizou os estudos será remunerada pela concessionária que vai assumir o Complexo da Redinha.

“A Redinha é patrimônio afetivo de Natal. O projeto de concessão profissionaliza a gestão do Mercado e seu entorno, respeita a cultura local, da ginga com tapioca aos comerciantes tradicionais, e atrai investimento para transformar o equipamento em referência turística”, afirmou o prefeito Paulinho Freire (União).

“Estamos confiantes de que esse conhecimento qualificado, que foi demonstrado pela empresa autorizada a fazer esses estudos, somado ao apoio do Instituto Fecomércio, resultará em um edital que atrairá muitos interessados, o que garante competitividade e uma concessão bem estruturada”, afirma o secretário da Sepae, Arthur Dutra.

A concessão do Complexo Turístico da Redinha tem como objetivo profissionalizar a gestão do equipamento, elevar o padrão de serviços ao visitante, preservar a vocação cultural e gastronômica do bairro e gerar emprego e renda na Zona Norte, com regras claras de inclusão de comerciantes locais e metas de desempenho mensuráveis. O contrato deverá prever retorno dos permissionários, investimentos privados, manutenção contínua, indicadores de qualidade (limpeza, segurança, iluminação, acessibilidade), inovação na gestão e preservação de elementos identitários, como a tradicional “ginga com tapioca”.

Saiba mais sobre o Complexo Turístico da Redinha

O Mercado da Redinha, que passou por uma ampla reforma, está fechado há cinco meses. Após receber uma obra de quase R$ 30 milhões, o espaço foi reaberto no fim de 2024 para um festival gastronômico, mas voltou a fechar após poucos dias de funcionamento. Depois da pressão de comerciantes, o local voltou a abrir em 7 de fevereiro, para aproveitar a temporada do Carnaval, fechando novamente em 9 de março. Desde então, o espaço está fechado. A Prefeitura diz que só vai reabrir quando o espaço estiver administrado pela iniciativa privada.

Enquanto a concessão não avança, a ginga com tapioca — patrimônio imaterial do Rio Grande do Norte — perdeu seu principal ponto de venda. O pescado, antes comercializado no mercado, agora é vendido em outras feiras e praias da cidade. Permissionários seguem recebendo um auxílio emergencial de R$ 1.200, considerado insuficiente diante dos custos e prejuízos acumulados.

O equipamento ocupa uma área de 16.580,60m² e ganhou espaço para a montagem de sete restaurantes e 33 boxes de venda, além de um deck panorâmico com vista para o Rio Potengi e para o mar. Todo entorno do local também recebeu investimentos, com obras de mobilidade urbana, modernização do mobiliário e iluminação pública em LED.