15/04/2020 | 05:00
Representantes de empresas de costura do Programa Pró-Sertão no Rio Grande do Norte gravaram um vídeo em que pedem uma parceria com o Governo Federal para a fabricação de equipamentos de proteção individual (EPIs) para uso em hospitais de todo o país. As peças poderão ser utilizadas pelos profissionais de saúde que atuam no combate da Covid-19.
Em razão da crise provocada pela paralisação das atividades comerciais – as atividades que não são consideradas essenciais estão paradas desde o início de março -, várias oficinas de costura estão com sua capacidade produtiva ociosa, com a possibilidade de demissão de trabalhadores.
Segundo Anny Fabíola, que atua em uma fábrica na cidade São José do Seridó, na região central do Rio Grande do Norte, as fábricas podem ser adaptadas para a fabricação de equipamentos de proteção individual, principalmente máscaras, aventais e jalecos.
“Queremos, com esse vídeo, chamar a atenção do presidente [Jair Bolsonaro], do ministro da Saúde [Luís Henrique Mandetta], para nossa capacidade produtiva. Podemos trabalhar com EPIs com muita eficiência, qualidade e higiene para atender o país nessa crise que também está nos afetando e assim garantir a manutenção dos nossos postos de trabalho”, disse a representante.
Criado pela Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico (Sede), em parceria com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e SEBRAE, o Programa de Interiorização da Indústria Têxtil (PRÓ-SERTÃO) tem como objetivo contribuir para a geração de emprego e renda em municípios localizados em regiões de baixo desenvolvimento econômico. Atualmente, o programa beneficia 124 oficinas de costura espalhadas pelo interior, com 3.720 postos de trabalho em 46 municípios potiguares.