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Esportes
Eleição no América: Souza faz balanço do mandato e diz que missão foi cumprida
Atual presidente do América é candidato à reeleição para próximo biênio; durante gestão, conquistou Série D, Campeonato Potiguar e anunciou constituição de SAF
Douglas Lemos
11/10/2023 | 00:16

Finalizando o biênio 2021-2023 no comando do América, José Ivanaldo de Souza, ou apenas Souza, tem longa ligação com o alvirrubro. Candidato à reeleição no América, o ídolo em campo, no comando do clube, garantiu o inédito título da Série D do Campeonato Brasileiro, também a conquista do Campeonato Potiguar de 2023, a constituição do clube como uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), mas também precisou lidar com uma campanha ruim na Série C que custou o rebaixamento de volta para a Série D.

Em entrevista ao AGORA RN, Souza comentou sobre a expectativa da possibilidade de ser reeleito. Ele terá Hermano Morais, que já foi presidente do América, como adversário.

“Expectativa é das melhores. É um cenário diferente. Quando eu assumi o primeiro mandato, o primeiro ano foi um consenso, era unanimidade, todos queriam. Foi o pior momento do clube, junto com o torcedor que me convenceu. Fui eleito por aclamação e assumi”, relembrou.

José Ivanaldo Souza também reconheceu os desafios enfrentados durante a transição para a Sociedade Anônima de Futebol e como isso afetou o desempenho do clube. “Atrasou um pouco essa assinatura para que a gente tivesse uma continuação melhor, mais tranquila. Mas faz parte, futebol é isso. Felizmente deu certo, o conselho aprovou e está aí. Agora cabe a nós fiscalizar, ficar em cima e espero que todos cumpram com o contrato.

Quanto à mudança para o SAF, o presidente refletiu sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube e a necessidade de agilidade na obtenção de recursos. Ele explicou: “Fazer futebol é muito difícil. Tem que ter muita grana. Você sai de uma Série D para uma Série C, você aumenta os custos e praticamente não aumenta receitas. A SAF era uma salvação”, disse.

Ainda de acordo com Souza, a maior preocupação era atrasar o salário dos funcionários e dos atletas. Durante a entrevista, ele admitiu que as mudanças de treinadores e a tentativa de motivar o elenco podem ter sido fatores que atrapalharam o desempenho do time em campo, mas considerou esses eventos como aprendizados valiosos.

“Numa campanha como essa, são vários fatores. E sem dúvida isso foi um dos fatores. Sem dúvidas isso fica como um aprendizado. Foi muito conturbada essa [transição para] SAF. Mas sem dúvida este foi um dos fatores”, avaliou.

Eleição no América: Souza vê missão cumprida

Mesmo com o rebaixamento, ele fez questão de frisar que o América está em situação melhor do que quando chegou ao clube. “Mesmo na Série D, mas era diferente do que eu peguei, que não tinha nada. Não tinha nada e a dificuldade era enorme de qualquer atleta vir pra cá. Eu me sinto com o dever cumprido”, disse.

Quanto ao pleito deste ano, marcado para o dia 26 de outubro, Souza deixou claro que, caso seja derrotado, tem um sentimento claro quanto à colaboração ao time. “Eu analiso já, independente de resultado, que a minha missão foi cumprida, já. Não foi fácil, mas hoje a gente vive uma outra realidade”, contou.

Para ele, além das conquistas, a composição da SAF pode ser considerado o maior legado dele enquanto presidente do clube.

“A estrutura que a gente fez, com toda dificuldade, antes da SAF, e com a SAF chegando, aí você sabe os valores. Isso aí é um começo para o América, o América vai se tornar um clube maior do que já é, vai ter recursos para isso. As melhorias vão vir para a Sede, que vai ter recurso, que pode ser destinado até ao futebol amador, futsal e outras categorias. Então a gente ressurgiu, de dois anos atrás, quando ninguém queria. Então nós temos calendários, temos uma SAF que como eu falei, todos querem. Esse é o maior legado”, finalizou.

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