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Eleições 2026

Eduardo Bolsonaro afirma que será candidato à Presidência em 2026 se pai seguir impedido

Deputado diz que levará candidatura até o fim e avalia campanha à distância dos EUA; defende anistia ampla e irrestrita
Redação
02/10/2025 | 16:48

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nesta quinta-feira 2 que será candidato à Presidência em 2026 caso o pai, Jair Bolsonaro, siga impedido de concorrer.

O ex-presidente, atualmente inelegível e condenado a 27 anos e três meses de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado, não poderia disputar o pleito.

Eduardo Bolsonaro diz que não vai renunciar ao mandato de deputado - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Eduardo Bolsonaro afirmou que disputará a Presidência em 2026 caso Jair Bolsonaro siga impedido de concorrer e sinalizou campanha à distância. - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

“Eu acho que há um espaço, a robustez numa candidatura com o sobrenome Bolsonaro. Acho que estou no meu terceiro mandato, que sou uma pessoa que é conhecida da sociedade, coloco sempre as minhas opiniões à disposição do escrutínio público. Acredito que nós estamos no momento em que estou maduro o suficiente. A única coisa que me fará não ser candidato é a candidatura do presidente Jair Bolsonaro”, disse Eduardo em entrevista ao SBT.

O deputado afirmou que pode manter a candidatura mesmo que o partido ou seu pai apoiem outro nome da direita. Ele não descarta mudar de partido, se necessário, e admitiu a possibilidade de realizar campanha eleitoral à distância, morando nos Estados Unidos.

“Se eu retornar ao Brasil agora, vou ser preso mesmo sem ter cometido nenhum tipo de crime. Somos muito fortes na rede social. Acredito que a gente consegue fazer a nossa mensagem chegar a várias pessoas do Brasil”, afirmou, citando Epitácio Pessoa, eleito presidente em 1919 mesmo estando em Paris.

Eduardo Bolsonaro também disse estar em diálogo com o PL em busca de apoio. “O PL é o maior partido da Câmara, é o atual partido do presidente Bolsonaro. Gostaria, por óbvio, de continuar no PL, mas também entendo que é necessário haver um suporte. Vou fazer essas tratativas de maneira interna”, declarou.

Sobre a atuação nos EUA, ele negou críticas de familiares e aliados e afirmou manter boa relação com integrantes do governo de Donald Trump, negando coação para atrapalhar processos contra Jair Bolsonaro. “Isso visa me tirar do pleito de 2026. É estratégia”, afirmou.

O parlamentar defendeu ainda uma anistia ampla, geral e irrestrita. “A única possibilidade de nós realmente pacificarmos o país é uma anistia baseada nos fatos, tendo como marco inicial 2019. Qualquer jeitinho brasileiro, qualquer gambiarra sobre isso daí não terá o condão de reduzir a temperatura que vem do exterior”, disse. Ele acrescentou que, sem a anistia, outras autoridades brasileiras podem se tornar alvos de sanções dos EUA.

Sobre o encontro entre Lula e Trump na Assembleia Geral da ONU, Eduardo disse ser favorável a uma reunião presencial entre os dois.

“Eu vi o presidente Trump agindo com genialidade e também dando continuidade naquilo que é a sua tradição, que é de surpreender. Ele é imprevisível e ele acabou desmontando toda a estratégia do Lula. Mas quero que ocorra esse encontro”, afirmou.