Em busca de votos para a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, foi ao Senado nesta quarta-feira 29. Em coletiva, disse que o perfil combativo é próprio da política e que magistrado da corte não tem ideologia nem lado político.
Ele afirmou que não está preocupado com a orientação política dos senadores e disse que “mudou a roupa” que veste no momento em que foi indicado para o STF por Lula (PT).
“Para um cargo no Judiciário, isso não é relevante, se a pessoa é ideologicamente de um lado ou de outro, politicamente ou partidariamente de um lado ou de outro. Ministro do Supremo não tem partido, ministro do Supremo não tem ideologia, ministro do Supremo não tem lado político”, disse Dino.
“No momento em que o presidente Lula faz a indicação, evidentemente que eu mudo a roupa que eu visto. E essa roupa hoje é em busca desse apoio do Senado. A roupa que, se eu merecer essa aprovação, eu vestirei sempre, que independe de governo e oposição.”
Dino disse que seguirá em busca de votos com perseverança, humildade, serenidade e tranquilidade. O ministro afirmou que a decisão de deixar a pasta da Justiça para pedir votos “não está em pauta neste momento” porque tem tempo suficiente, além de não ser um “estranho” no Senado.
O ministro de Lula evitou as comparações feitas pelo núcleo bolsonarista entre ele e o ministro Cristiano Zanin Martins, indicado pelo presidente para a penúltima vaga aberta no STF. O ex-governador do Maranhão afirmou que cada um tem suas características e que o importante é seguir a Constituição.
“O perfil combativo é próprio da política. Evidentemente, quando você muda de função, você muda também o perfil da sua atuação. Fui deputado federal, governador, juiz federal, e cada função tem uma característica e tem um estilo”, disse.