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Desigualdade
Desemprego atingiu mais pretos que brancos na pandemia
Percentual de taxa de desocupação, que chegou a 17,8% entre negros - eram 15,2% desempregados no primeiro trimestre
Redação
28/08/2020 | 19:58

O desemprego subiu mais entre os pretos do que brancos e pardos no segundo trimestre de 2020, o primeiro que pegou três meses completos de pandemia de coronavírus no Brasil, de acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua divulgados nesta sexta 28 pelo IBGE.

Segundo a analista da pesquisa Adriana Beringuy, a população preta foi a que mais teve impacto no percentual de taxa de desocupação, que chegou a 17,8% – eram 15,2% desempregados no primeiro trimestre.

Entre os brancos, a taxa aumentou de 9,8% para 10,4%, enquanto entre os pardos o crescimento foi de 14% a 15,4%. Dessa forma, a diferença percentual de taxa de desemprego entre brancos e pretos alcançou um recorde histórico. “Foi a maior já registrada, chegando a 71,2%”, disse Beringuy.

Os menos escolarizados também registraram alta acima da média no índice de desemprego. Os brasileiros sem instrução e com menos de um ano de estudo foram de 9,6% no primeiro trimestre a 13,1% em junho.

Já entre aqueles com o ensino médio incompleto ou equivalente, o aumento foi de dois pontos percentual, de 20,4% a 22,4%. Os trabalhadores mais estudados, com ensino superior completo, quase não foram atingidos, com variação indo de 6,3% a 6,4%.

A média de desemprego no país chegou a 13,3% no trimestre encerrado em junho, segundo dados publicados pelo IBGE. Os números não refletem o tamanho da crise, segundo especialistas.

O instituto chegou a atrasar na divulgação dos dados de junho, por problemas na apuração da informações, já que a coleta vem sendo feita por telefone e não presencialmente, como era tradicional.

A alta no desemprego brasileiro é efeito da pandemia da Covid-19. Desde que o primeiro óbito foi registrado, em 17 de março, a doença avançou e o país promoveu o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de combater a pandemia.

Assim, todos os setores da economia passaram a sofrer perdas, o que refletiu no emprego das pessoas.

Com o isolamento social, muitos brasileiros desistiram de ir às ruas atrás de uma vaga, levando o número de desalentados a crescer 19,1%, para 5,7 milhões de pessoas.

A população subutilizada chegou a 31,9 milhões de pessoas, 15,7% a mais do que no trimestre anterior.

No segundo trimestre, 8,9 milhões de brasileiros perderam o trabalho no período, a maior queda no número de ocupados desde que a pesquisa começou a ser realizada no formato atual, em 2012.

No período, o Brasil tinha 83,3 milhões de pessoas com algum tipo de trabalho, o menor número da série histórica.

*Com informações do Diário do Nordeste

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