“Novo” e “Experiência” na política
Lúcida a observação de João Amoedo, do Partido Novo. Ele reconhece que haverá recuperação da política brasileira, com a volta à cena de nomes respeitáveis, sem máculas éticas. Fala-se no surgimento de movimento “suprapartidário”, para o lançamento de candidatos na eleição de 2022, que possuam a indispensável vocação pública, preparo intelectual e credibilidade pessoal para o exercício de mandatos. A inspiração viria de Joe Biden nos EEUU, onde “valeram” a longa experiência e a trajetória política do indicado. O movimento se propõe conciliar o “novo” com a “experiência comprovada”, sem discriminar pela idade, atividade profissional, ou o fato de já estar na política há tempo. O objetivo seria barrar “aventureiros”, “carreiristas”, “oportunistas”, travestidos de renovadores, quando, na verdade, são aproveitadores de governos, meros “factóides da moralidade”. Esses tipos oneram o país, tanto quanto os corruptos. A febre do “novo” em 2018 deixou exemplos melancólicos como o de Witzel no RJ.
Olho aberto
- O acordo do Brexit desatou o “nó” entre o Reino Unido e a União Europeia.
- O dia 31 dezembro seria a data fatal para formalizar a saída. Com as “idas” e “vindas” decorrentes das exorbitantes exigências inglesas, começou a faltar comida em Londres. Milhares de caminhões com alimentos eram retidos no Canal da Mancha, pelos riscos da Covid19. Tais fatos levaram o primeiro ministro a transigir e aceitar o acordo.
- Todos perderam, mas a vaidade e o nacionalismo xenófobo dos ingleses fazem com que a conta seja mais alta para o Reino Unido. A história comprovará.
- A China deve ultrapassar os EUA como maior economia global em 2028 e não mais em 2033. Já no Brasil é prevista queda de 5% em 2020, porém o país estará entre as 12 maiores economias. Chegaria ao 9º posto, somente em 2035.
- Enquanto isto, muitas “especulações” sobre os rumos do leilão da tecnologia 5G no Brasil (???).
“Time” de nordestinos
As preocupações seriam em relação a presidência da república, as eleições majoritárias (governador e senador) e bancadas proporcionais (deputados). Sabe-se, que as primeiras articulações nascem em Pernambuco, onde se fala no ex-ministro do TCU, José Múcio Monteiro para governador. A ideia seria a formação de um “time de governadores nordestinos”, com nomes expressivos, de bom trânsito em Brasília, independentemente de partidos, como Cássio Cunha Lima (Paraíba), Rogério Marinho (RN) e ACM Netto (Bahia).
Propostas & verdade
O movimento exigiria como pré-requisito que os candidatos mostrassem previamente “propostas concretas” (executivo e legislativo), falando a verdade, sem temor da perda de votos, anunciando inclusive as medidas amargas, a serem exigidas na reconstrução do país, após a pandemia. A estratégia suprapartidária começaria com a mobilização de partidos e coligações, no sentido de que fosse definido como critério na formação de chapas em 2022, a “credibilidade dos candidatos”, considerando currículos pessoais de eficiência comprovada. Certamente, o eleitor aspira dispor de melhores opções em 2022, na hora de votar. Somente com esse processo seletivo responsável poderá ocorrer a recuperação da crença na política, o único meio de fortalecimento da democracia brasileira. A interrogação é sobre quem iria liderar um movimento desse tipo? Quem?
Perda irreparável
O falecimento do jurista Francisco Xavier Pinheiro foi uma perda irreparável. Erudito e de competência notória marcou a sua passagem na docência, magistratura e advocacia.