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Escrita

Confira a coluna “Desenrolando a Língua” do prof. João Maria de Lima de segunda-feira 4

04/01/2021 | 07:17

Cacofonias do ano que passou

Aqui está uma lista dos cacófatos mais comuns que li e ouvi em 2020.
Vale lembrar que, por terem sons feios ou formas gráficas desagradáveis, os cacófatos – também conhecidos como cacofonias – e os cacógrafos (ou cacografias) devem ser evitados.

Confira a coluna desenrolando a língua
Foto: Mediamodifier/Pixabay

Vespa assada
Usada comumente, a expressão a vez passada acaba nos levando a um prato bastante exótico, a vespa assada. Detectada a cacofonia, a correção é fácil: na outra vez, na última vez.

Porcada
Não se trata do coletivo de porco, mas frases como São dez processos por cada juiz estão aí. Para corrigir e retirar o aspecto suíno da frase, basta eliminar o termo cada: São dez processos por juiz.

Amo ela
Passa-se do romance à culinária de forma muito rápida. Se realmente há amor, deve-se deixar a preferência por moela para momento mais propício. Além de tudo, há o problema gramatical (usar pronome pessoal reto com função de objeto). Diga-se: Eu a amo.

Uma mão lava a outra
A leitura dessa frase deixa evidente o termo mamão. Essa cacofonia vai ocorrer sempre que aparecer um antes de mão. Para corrigir, um pouco de esforço: Cada uma das mãos lava a outra.

Não pude tocar nela
Se faltava um tempero, aí está: canela. Para tirar esse gostinho, usa-se o pronome lhe: Não pude tocar-lhe.

Via controlada por radar
Quem nunca leu essa frase em placas exibidas em nossas rodovias? Além do limite de velocidade, fique atento ao nosso português. Em vez de por, que traz à tona o desagradável por radar, basta usar a preposição pelo: Via controlada pelo radar.

Nunca gaste mais do que tem
Esse conselho poderia ser reformulado a fim de evitar escatologia. A cacofonia formada pela sílaba final de nunca associada à forma verbal gaste será evitada se redigirmos ou falarmos: Não gaste mais do que tem.

Escapei do perigo
Mas não escapou da frase ruim e do som desagradável. Para evitar um perigo maior evidenciado pela junção da última sílaba de escapei com a preposição do, substitua o verbo: Fugi do perigo.

O professor havia dado aquele assunto
Tenho certeza de que o mestre ficaria bem mais feliz se fosse dito: O professor tinha dado aquele assunto. Dessa forma, ninguém se sentiria ofendido.

Beijei a boca dela
Um bom beijo é aquele que não fere a língua. Para evitar problemas e não misturarmos gente com animal, o melhor é dizer: Beijei-lhe a boca.

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