A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou um convite para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, prestar esclarecimentos sobre suposta interferência do governo na petroleira.
Ainda não há data certa para a audiência acontecer e não há obrigação para Prates comparecer, assim como em uma convocação. O pedido de audiência foi proposto pelo senador Sergio Moro (União -PR) e foi aprovado em votação simbólica, sem posições contrárias de parlamentares da base do governo.

Na justificativa, Moro argumenta que em um passado recente o uso da maior empresa do País com fins políticos levou a prejuízos irreparáveis ao Brasil. “Esquemas de corrupção que desfalcaram os cofres da empresa e levaram a Petrobras a um dos menores valores de mercado de sua história. Segundo o senador Moro, o Congresso Nacional tem o dever de impedir que esse filme se repita”, escreve Moro.
Na semana passada, a Petrobras comunicou ao mercado que encerrou 2023 — primeiro ano deste mandato de Lula na Presidência— com lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior da história.
Também foi fixada a distribuição de R$ 72,4 bilhões em dividendos ordinários para 2023.
O que azedou o humor dos investidores foi o anúncio de que não haveria distribuição de dividendos extraordinários, como esperado. O conselho decidiu reter, ao todo, R$ 43,9 bilhões.
Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas.