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Polêmica
‘Cemitérios cheios, geladeiras vazias’: outdoors com críticas a Bolsonaro são retirados após pressão
Protesto foi em Sinop, ao norte de Mato Grosso; ameaçados, organizadores e a empresa contratada fizeram um acordo
O Globo
28/05/2021 | 16:50

Dez outdoors criticando a gestão do presidente Jair Bolsonaro cruzado em Sinop, município do norte de Mato Grosso, foram retirados após a pressão de bolsonaristas da região. Em um dos cartazes dizia “Cemitérios cheios geladeiras vazias. Governo ruim não salva vidas nem a economia”. O ato de protesto contra o governo foi organizado pela Liga das Mulheres, Adufmat (sindicato dos professores da UFMT), Adunemat (sindicato dos professores da Unemat), o PDT de Sinop e a vereadora professora Graciele (PT). Eles fizeram uma vaquinha e pagaram R $ 7 mil pela colocação dos painéis. O dinheiro foi devolvido de comum acordo.

Um dos pólos de agronegócio no estado, na eleição de 2018 Bolsonaro teve 77% dos votos válidos em Sinop. Depois de eleito, foi a primeira cidade visitada pelo presidente em MT em 2020. Segundo os organizadores, desde a colocação das mensagens, na quarta-feira, definida como preparada.

– A ameaça começou em redes sociais, com divulgação de mensagens com endereço das pessoas e até os telefones. O dono da empresa que fez uma divulgação também foi ameaçado economicamente por empresários, que são bolsonaristas, que suspenderiam contratos se não retirassem os painéis. Também houve ameaça dos donos dos terrenos onde estão como placas – conta um dos organizadores, que também foi ameaçado e preferiu não se identificar.

Em um dos painéis, Bolsonaro aparecia com uma taça de espumante na mão com oferta de gás de cozinha 120,00, arroz 19,00 e gasolina 5,7 e o questionamento: Bolsonaro governa para quem?

Pedido de desculpas

Uma mensagem contra a empresa contratada circula como redes sociais criticando o proprietário e divulgando os dados do negócio. “Não podemos admitir quando um comprimido que se diz ‘Bolsonarista’ pactua com atos como esses”, diz o texto. “O mínimo que o grupo Grapfel deve fazer neste momento é retirar todas as placas colocadas e publicar uma nota na imprensa com pedido de desculpas a todos os sinopenses”.

Rodrigo Reinehr, filho do dono da empresa, confirmou como correção. Ele disse que prestadores de serviço cumpriram o papel de atender “sem selecionar o cliente”.

– Estávamos sobe ameaça, até nossos colaboradores, nossos funcionários. Teve até vandalismo, derrubaram uma placa nossa. Então ´nós anunciar um acordo com o cliente, explicamos a situação. Fizemos um acordo para cancelar o contrato porque acarretou risco.

Circula na internet um vídeo em que um homem aparece usando uma motosserra para derrubar uma das placas.

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