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Economia

Emprego com carteira assinada teve crescimento de 16,5% em 2024

Desde janeiro de 2023, o país gerou 3.147.797 empregos formais
Redação
30/01/2025 | 11:18

O saldo de empregos com carteira assinada em 2024 (janeiro a dezembro) teve um crescimento de 16,5% em relação ao saldo registrado de 2023, segundo os dados do emprego formal divulgados nesta quinta-feira 30 pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Segundo o Novo Caged, que mede o emprego com carteira assinada no país, em 2024 foram gerados 1.693.673 postos de trabalho contra 1.454.124 no ano de 2023. O saldo em dezembro de 2024 apresentou uma redução de 535.547 de empregos, variação relativa de -1,12%.

Do total de empregos, 83,5% dos postos gerados podem ser considerados típicos e 16,5% não típicos, principalmente 30 horas ou menos (+150.341) e intermitentes (+87.359).

Senac RN realiza processo seletivo para 300 vagas de emprego nesta quinta 26 - Foto: José Aldenir/Agora RN
Todos os 5 grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos. Foto: José Aldenir/Agora RN

Segundo os dados do Novo Caged, foram 3.147.797 postos de trabalho gerados no país desde janeiro de 2023, com o estoque de vínculos celetistas ativos contabilizando 47.210.948 vínculos em dezembro, uma variação de 3,7% em relação ao estoque do ano anterior, quando foram contabilizados 45.517.275 vínculos.

Acumulado do ano – Todos os 5 grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos, sendo os maiores saldos no Setor de Serviços com geração de 929.002 postos (4,20%) e Comércio, que gerou 336.110 postos (+3,28%). A Indústria, com geração de 306.889 postos no ano (+3,56%), foi um setor de destaque, puxada pela boa geração de empregos na indústria de transformação (+282.488).  Somando o acumulado do ano de 2024 (janeiro a dezembro) e o mesmo período de 2023, quando foram gerados 125.002 postos de trabalho, houve acréscimo de +431.891 empregos formais no setor. A Construção Civil foi responsável pela geração de +110.921 postos (+4,04%) e a Agropecuária por +10.808 postos no ano (+0,61%).

O saldo positivo foi registrado em todas as 27 Unidades Federativas, com destaque para São Paulo (+459.371); Rio de Janeiro (+145.240) e Minas Gerais (+139.503). O emprego foi também positivo nas 5 regiões brasileiras, com o Sudeste gerando 779.170 postos (+3,35%), o Nordeste +330.901 (+4,34%), o Sul, com a recuperação do Rio Grande do Sul, após o desastre das enchentes no início do ano, gerou 297.955 postos (+3,58%), ficando em 3º lugar entre as regiões. O Centro-Oeste gerou 137.327 postos (+3,38%) e o Norte 115.051 postos (+5,07%). Em termos relativos, as Unidades da Federação com maior variação no mês foram Amapá (+10,07%), Roraima (+8,14%); Amazonas (+7,11%) e Rio Grande do Norte (+6,83%).

No ano, o saldo foi positivo para mulheres (+898.680) e para homens (+794.993), sendo também positivo para pardos (+1.929.771), brancos (+908.732), pretos (+373.501) e amarelos (+13.271), contudo foi negativo para indígenas (-1.502).

O salário médio real de admissão ficou em R$ 2.177,96, com aumento de R$ 55,02 (+2,59%) em comparação com o valor do mesmo período de 2023 (R$ 2.122,94). Para os trabalhadores considerados típicos o salário real de admissão foi de R$ 2.211,13 (1,5%, mais elevado que o valor médio, enquanto para os trabalhadores não típicos R$ 1.941,72 (10,8%, menor que o valor médio).

Dados de dezembro – Com a retração típica no número de postos de trabalho no mês, o saldo em dezembro apresentou uma redução de -535.547 de empregos, variação relativa de -1,12%, similar à registrada em períodos de crescimento do emprego.

Todas as Unidades da Federação apresentaram saldos negativos, com maior impacto em São Paulo (-190.569), Minas Gerais (-68.617) e Santa Catarina (-43.017). A redução foi verificada em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas, que apresentaram saldos negativos, principalmente no setor de Serviços (-257.703) e Indústria (-116.422). Houve declínio para praticamente todos os tipos de vínculo, típicos e os não típicos, (-155.735), em especial para trabalhadores com jornadas de até 30 horas, temporários e aprendizes.

Entre os estados, apresentaram maiores saldos negativos Santa Catarina: -43.017 postos (-1,65%); Minas Gerais: -68.617 postos (-1,38%) e São Paulo: -190.569 postos (-1,31%). A redução foi também registrada nos 5 grandes grupamentos de atividades econômicas, sendo a maior redução do emprego formal no setor de Serviços, com saldo de -257.703 postos formais de trabalho (-1,11).

A boa notícia do mês é que o salário médio real de admissão de dezembro de 2024 ficou em R$ 2.162,22, aumento de R$ 33,41 (+1,57%) em comparação com o valor do mesmo período de 2023, que foi de R$ 2.128,90.

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