O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PSD) afirmou que está de volta ao debate político estadual e coloca o nome à disposição para disputar as eleições de 2026. Embora evite anunciar uma pré-candidatura, ele afirmou que está pronto para desempenhar qualquer papel que venha a lhe ser confiado.
“O cargo que mais me realizou foi o Executivo. O cargo que eu estou próximo, só saberei realmente no próximo ano. Estou preparado para qualquer missão”, declarou.
Carlos Eduardo enfatizou que 2025 é um ano de articulações e que as definições só ocorrerão em 2026. “Este ano é um ano de entre-safra. Ninguém decide sobre eleição um ano antes”, disse. Ele relatou que, no momento, tem mantido diálogo com diversas lideranças políticas, mas sem definição.
Durante a entrevista, Carlos Eduardo lembrou que seu atual partido, o PSD, é presidido no Rio Grande do Norte pela senadora Zenaide Maia, que é pré-candidata à reeleição. E que seu nome passou a ser lembrado, recentemente, para a 2ª vaga.
“Eu tenho afinidade ideológica com o PSD, que é um partido do centro democrático, não é um partido da extrema direita nem da esquerda. Eu estou bastante atualizado, afinado com todo o PSD.
O PSD tem uma posição firmada corretamente pela reeleição da senadora Zenaide Maia, que tem feito um bom trabalho no Senado Federal. E a questão de ter outro nome para a eleição majoritária, isso é uma questão a ser analisada o ano que vem”, declarou.
Carlos confirmou que tem sido procurado por outras legendas, como MDB e PV, e também mantém diálogo com lideranças regionais do União Brasil. Ele classificou essas conversas como parte natural da política: “Faz parte da atividade política o diálogo”.
Também reconheceu conversas com Kelps Lima, atual secretário de Planejamento e Finanças de Parnamirim, e com Abraão Lincoln sobre a formação de uma nominata para deputado federal. “Eu já participei de algumas reuniões, mas ainda é aquela história: você não pode decidir em 2025 sobre 2026. Seis meses é uma eternidade em política”, enfatizou.
Questionado se aceitaria ser candidato a vice-governador numa eventual chapa liderada pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), ele desconversou, mas não descartou nenhuma hipótese. “Uma candidatura não depende individualmente de ninguém. Em política, isso não existe. Você só é candidato representando um grupo”, disse, reforçando que as decisões serão tomadas coletivamente.
Ele confirmou que mantém abertura para conversar com todas as lideranças, e citou um diálogo com Allyson. “Foi aberta uma porta para se dialogar, e eu acho isso extremamente pertinente”, afirmou sobre a possibilidade de uma conversa futura com o prefeito de Mossoró.
Carlos Eduardo afirmou que está disposto a conversar com todas as forças políticas, inclusive opositores, desde que haja coerência de princípios. Ele foi questionado sobre a possibilidade de diálogo com o senador Rogério Marinho (PL), que o derrotou em 2022 na disputa para o Senado. “Rogério não morde, né?”, declarou, registrando, porém, que eles estão em lados opostos em temas como PEC da Blindagem e anistia.
Segundo o ex-prefeito, sua estratégia para o momento é se consolidar como alternativa nas eleições de 2026. “Eu coloquei o meu nome à disposição, pedi aos institutos de pesquisa que incluíssem o meu nome na intenção de voto de governador e de senador, porque na realidade isso é importante até para o fortalecimento do partido”, declarou.
