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Saúde

Bombeiros do RN orientam como agir em casos de engasgo em bebês

Inclinação, tapotagens e compressões torácicas formam protocolo que deve ser aplicado imediatamente
Redação
11/12/2025 | 15:44

O Corpo de Bombeiros reforçou as orientações para identificar e agir diante de um caso de engasgo em bebês — uma das emergências mais comuns entre recém-nascidos, especialmente durante o aleitamento materno. De acordo com o tenente Henrique, a avaliação rápida dos sinais é fundamental para evitar complicações graves, como uma parada cardiorrespiratória.

Segundo o militar, o primeiro passo é verificar a responsividade do bebê. “Primeiro de tudo, eu preciso saber se o bebê está engasgado, certo? O que é importante que a gente faça para avaliar se o bebê está realmente engasgado? Primeiro, testa-se a responsividade”, explicou. Tapinhas leves nos pés ou nas mãos devem provocar reflexo de retirada; caso isso não aconteça, o alerta para obstrução de vias aéreas é imediato.

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Bombeiros do RN orientam como agir em casos de engasgo em bebês - Foto: José Aldenir/Agora RN

O tenente orienta que pais ou cuidadores observem ainda se o bebê não emite som, apresenta dificuldade para respirar ou começa a ficar com a face arroxeada — sinais claros de falta de passagem de ar. Em muitos casos, apenas inclinar o bebê, permitindo que a gravidade atue, já pode liberar a obstrução. “Às vezes, somente essa manobra da inclinação já é suficiente para desengasgar esse bebê”, disse.

Quando a inclinação não resolve, inicia-se o protocolo de tapotagens. “Cinco tapotagens dorsais nas costas. Um, dois, três, quatro, cinco”, descreveu. Persistindo o engasgo, o cuidador deve virar o bebê, mantendo a inclinação, e realizar cinco compressões torácicas, semelhantes às da ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Os ciclos devem ser repetidos até que o bebê chore, se agite ou volte a respirar normalmente.

Henrique reforça que o atendimento remoto da corporação também pode orientar os responsáveis durante a emergência. “Nossa central está preparada para orientar a mãe que está na linha, o cuidador que conseguiu diagnosticar que tem uma obstrução de via aérea”, afirmou. Enquanto isso, equipes são enviadas ao local, já que o tempo até a chegada da guarnição pode ser crítico para o bebê.

Após o desengasgo, mesmo com melhora aparente, a recomendação é levar a criança para avaliação em unidade hospitalar. Caso não haja retorno da respiração, deve-se iniciar imediatamente o protocolo específico de RCP pediátrica.