Mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou claro que se considera o único nome capaz de vencer as eleições presidenciais de 2026. Em entrevista contundente à revista Veja, Bolsonaro afirmou que não discute sucessores. “Falam em vários nomes: Tarcísio (de Freitas), (Ronaldo) Caiado, (Romeu) Zema… O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu; o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, declarou.
A declaração reforça a resistência do ex-presidente em indicar alternativas, mesmo diante de sua inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Para Bolsonaro, a decisão judicial foi uma “injustiça e perseguição”, e ele não teme um eventual indiciamento no inquérito da tentativa de golpe de Estado, mas sim “quem vai julgar”.
Além de sua autoproclamada candidatura, Bolsonaro revelou que pretende apoiar a reeleição do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em 2026 e, possivelmente, a candidatura de Michelle Bolsonaro ao Senado pelo Distrito Federal. E mais uma vez, ele defendeu sua postura durante a pandemia, afirmando que “não errou em nenhuma das observações feitas”.
Na entrevista, Bolsonaro ainda comentou o crescimento de novos nomes na direita, como Pablo Marçal (PRTB), que descreveu como “um jovem com um baita futuro, mas que começou arranhando”.
