23/11/2020 | 19:30
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, escolheu o experiente diplomata Antony Blinken como seu secretário de Estado, avançando na formação de um gabinete que inclui a primeira mulher diretora de Inteligência e um cargo especial voltado ao clima, uma reviravolta em relação ao governo de Donald Trump.
Apesar de o presidente em fim de mandato manter sua estratégia de questionar os resultados das eleições e não reconhecer a derrota, Biden marcou seu primeiro avanço antes da troca de comando em 20 de janeiro.
As primeiras indicações antes do anúncio oficial agendado para terça-feira têm como objetivo reunir uma equipe que visa a restaurar lideranças tradicionais dos Estados Unidos.
Em um sinal de renovação, Biden designou Alejandro Mayorkas como chefe do Departamento de Segurança Interna (DHS).
Mayorkas – que nasceu em Havana – será o primeiro latino a liderar esta cadeira que se encarrega, entre outros assuntos, da imigração.
“Não temos tempo a perder quando se trata de nossa segurança nacional e nossa política externa”, disse Biden em um comunicado emitido em inglês e espanhol.
Biden destacou que os membros de seu gabinete são “experientes”, que provaram suas qualidades “em situações de crise” e que serão dedicados à tarefa de “reconstruir” as instituições e renovar e reformular a “liderança americana”.
Além disso, Biden escolheu o ex-chefe da diplomacia John Kerry como delegado especial para o clima, Linda Thomas-Greenfield como embaixadora na ONU, Avril Haines como diretora de Inteligência Nacional e Jake Sullivan como Assessor de Segurança Nacional.
Todas as nomeações apontam para uma equipe de veteranos que fizeram parte do governo Barack Obama 2009-2017, quando Biden era vice-presidente, com longa experiência em suas respectivas áreas.